A presidente Dilma deve aumentar as contribuições PIS e COFINS sobre combustíveis, nos próximos dias, para cobrir o rombo das contas do exercício de 2015. Esta é uma das medidas que o Joaquim Levy está negociando com o Congresso Nacional. Como aconteceu no primeiro semestre deste ano, a alíquota poderá ser substituído pelo aumento de CIDE, no futuro.
A medida deve provocar o aumento de combustíveis na bomba, entre 6% a 10%. Mais um rombo no bolso do trabalhador. O impacto do aumento de combustíveis em decorrência do aumento de alíquota do PIS e COFINS deverá ser sentido no índice de inflação de janeiro de 2016. O aumento de combustíveis, já no início do ano, deverá provocar o efeito cascata sobre a inflação. Na esteira do aumento de combustíveis, vem o aumento de tarifas de transporte urbano, que entra na composição do índice de inflação.
A inflação de 2016 deverá repetir a inflação de 2015, no mínimo. Se não houver medidas de impacto, ao contrário do que o governo prevê, a inflação deverá acelerar no ano que vem, podendo chegar em algum momento do próximo ano, o pico de 15%. Nestas condições, a inflação do bolso (não científico) deverá repetir a deste ano, estimado em 30%. Mais rombo na receita do trabalhador.
À essa altura, o quadro da economia de 2016, deverá ser pior do que de 2015, inexoravelmente. Só mesmo o efeito Henrique Meirelles poderá mudar o quadro desenhado aqui. Isto, se a Dilma continuar frente ao poder executivo. O quadro é uma incógnita.
Ossami Sakamori
Source: Ossami Sakamori BlogSpot.com