Só vendo manchetes de notícias dos principais meios de comunicação do País para perceber que a crise econômica pegou fundo. Senão, vejamos: Maior rombo das contas do governo para o mês de novembro dos últimos 13 anos. Pior venda de Natal dos últimos 12 anos. A CSN, maior siderúrgica do País, desligando um dos alto-fornos, demitindo 3 mil trabalhadores. Déficit público do ano estimado em R$ 120 bilhões. Rede hospitalar do Rio de Janeiro fechando suas portas por falta de recursos financeiros. Desemprego do País no mês de novembro batendo recorde dos últimos 13 anos. Maior taxa de juros Selic dos últimos tempos. Absurda taxa de juros do cartão de crédito dos últimos anos. Maior número de inadimplentes dos últimos 13 anos. Salário mínimo para 2016, com ganho real de R$ 9,00.
O que mais nos preocupa não é o que passou em 2015, mas é a perspectiva do que está por vir no ano de 2016. Já no início do ano está previsto o aumento da taxa básica de juros Selic. Está previsto, também, o aumento da gasolina no primeiro trimestre. O reajuste da energia elétrica previsto para o ano será de, em média 20%. E para completar, o governo pretende estimular o consumo, no meio de inflação de dois dígitos (acima de 10%), ampliando ainda mais a base monetária. Estão anunciados novos aumentos de impostos, aumentando ainda mais a participação do governo na fatia do PIB. As notícias não são nada animadoras.
O ano de 2015 vai fechar com a inflação de 10,7%, prevê o Banco Central. A inflação oficial, em algum momento do ano de 2016, baterá os 15%. A arrecadação dos governos cairá na mesma velocidade da retração da economia. O governo federal deve fechar com o "déficit primário" acima de R$ 200 bilhões em 2016. Todas agências de classificação de risco devem rebaixar o risco Brasil para o "grau de especulação". As multinacionais deixarão de investir no País, no ano de 2016. Os indicadores previsto para o País é situação de total insolvência. Dá-se impressão de que cada episódio acontece em País diferente.
O Brasil sairá da situação de "crise" para entrar na condição de País "falido".
No meio da crise, tão mal avaliada pela grande imprensa, capitaneada por Rede Globo de Televisão, as notícias são divulgadas com "conexão" uma da outra, dando impressão ao povo de que a "crise" é pontual. A grande imprensa tenta vender a ideia de que o ano de 2016 será ano de mudança para melhor, para o desenvolvimento e criação de empregos. Isto tudo é uma grande mentira. Isto é jogo do governo do PT. Isto também é irresponsabilidade dos meios de comunicação do País, que divulga apenas o "release" do Palácio do Planalto.
O governo federal não quebra porque tem a primazia de pagar suas contas emitindo títulos públicos. No entanto, a emissão de títulos sem contrapartida do crescimento econômico é aumentar o comprometimento da dívida pública em percentual cada vez maior em relação ao PIB. A dívida pública está cada vez mais impagável. Por outro lado, a expansão da oferta de títulos públicos, aumenta a base monetária desvalorizando a moeda brasileira, o real. No Brasil, a emissão de títulos públicos equivale a emissão de papel moeda. Emissão de moeda é sinônimo de inflação alta. Inflação alta pode, em tese, levar o País para hiper-inflação.
Isto é governo do PT. Isto é governo Dilma.
O senador Aécio Neves, ultimamente, tem defendido o rebaixamento da taxa básica de juros como solução para a crise econômica do País. Nada disso é verdadeiro. A economia é muito mais complexo do que simplesmente mexer num dos componentes da política econômica. Chega a ser ridículo, a proposta do senador Aécio. Se o senador da oposição pensa assim, afirmo que ele não está preparado para assumir o cargo de presidente da República. Desta forma, colocar o Aécio no lugar da Dilma é como trocar 6 por meia dúzia.
Numa conjuntura como que passamos, é temerário entregar a um homem só, a formulação da política econômica do País. A formulação da política econômica para a saída da crise terá que, necessariamente, passar por uma equipe de notáveis da República. O País, felizmente, tem muita gente capaz de formular a política econômica para saída da crise e ao mesmo tempo formular um Plano de desenvolvimento sustentável.
Para início de conversa, é preciso que os governantes e o povo se conscientize de que o Brasil está falido!
Ossami Sakamori
Via: Ossami Sakamori BlogSpot.com