Os articulistas da área econômica não tem coragem de tocar na ferida da política econômica implementada pelos sucessivos governos do PT, sobretudo no erro sistêmico que está levando o País à bancarrota. A grande imprensa, beneficiária deste erro premeditado, faz de conta que não vê. Cabe, então, a este blog apresentar o diagnóstico da situação econômica real do País, sobretudo no aspecto de transferência de renda aos mais afortunados do País e fora deste.
O governo disfarça sobre o número real da dívida bruta do Tesouro e do Banco Central. O que se divulga normalmente pelo Banco Central é a dívida líquida do Tesouro que está em torno de R$ 2,8 bilhões. Eis, a fonte de transferência de renda dos mais pobres para os mais ricos.
O governo usa a conta para chegar na dívida líquida, deduzindo da dívida bruta o valor da reserva cambial convertido em real e o valor que tem a receber do empréstimo feito para BNDES dentro do PSI. O governo não considera como dívida do governo, também, os títulos do Banco Central denominado "swap cambial". Somado tudo, a dívida do governo federal junto aos investidores institucionais e especuladores está ao redor de R$ 4,6 trilhões. Grosso modo, a dívida do governo federal é de cerca de 75% do PIB. Este número é base para cálculo do dispêndio líquido dos juros da dívida pública.
O Tesouro está pagando, em média, a taxa básica de juros Selic de 14,25% ao ano, enquanto a inflação oficial corrente dos últimos 12 meses está em 10%. O Brasil paga maior taxa de juros reais do mundo, atrás apenas da Turquia, entre as 40 maiores economias do mundo. O objetivo é atrair capital especulativo estrangeiro para não ter que gastar a reserva cambial. A média dos juros reais pagos pelo Brasil está em 4,5% a 5%. O valor do dispêndio de juros líquidos descontado inflação se aplica ao montante da dívida bruta. O valor real do dispêndio de juros reais, grosso modo, corresponde a cerca de R$ 200 bilhões.
Agora, vamos analisar quem paga e quem se beneficia.
O maior beneficiário é o setor bancário que leva uma fatia maior. O segundo maior beneficiário é o setor empresarial que tem empréstimos subsidiados do BNDES. O terceiro maior beneficiário é o mercado financeiro internacional que tem aplicado cerca de 20% do total nos papeis do governo federal e de quebra não pagam Imposto de Renda sobre ganho de capital. Por último, os pequenos aplicadores em Tesouro Direto que auferem os juros, porém, pagam Imposto de Renda sobre o ganho de capital, que corresponde a menos de 5% do total de aplicações.
Quem paga o pato é o contribuinte brasileiro que em última análise pagam os juros reais, já descontado da inflação, contribuindo com impostos e contribuições. Afinal quem paga os juros reais que o governo federal paga para os beneficiários já nominados acima, são 204 milhões de habitantes.
Dentre 204 milhões, menos de 1% da população que compõe a família dos banqueiros, dos empresários beneficiários do programas do BNDES, abocanham cerca de 75% dos benefícios do diferencial de juros que corresponde a R$ 200 bilhões. O restante dos 25% são pagos aos investidores estrangeiros e pequenos poupadores do Tesouro Direto.
Soa como piada, o discurso da Dilma dizer que o governo dela privilegia os pobres e que está comprometido com as conquistas sociais. O governo PT toma R$ 200 bilhões dos pobres e distribui aos ricos, por ano e gasta em Bolsa Família cerca de R$ 28 bilhões.
Dilma transfere R$ 200 bilhões a uma meia dúzia de famílias mais abastadas do País e aos agiotas internacionais. Isto é exatamente o inverso do que praticava o lendário Robin Wood do Reino Unido que roubava dos ricos para distribuir aos pobres.
Dilma transfere R$ 200 bilhões para banqueiros!
Credit: Ossami Sakamori BlogSpot.com