RSS Feed

domingo, 6 de dezembro de 2015

Dilma transfere R$ 200 bilhões para os banqueiros.


Os articulistas da área econômica não tem coragem de tocar na ferida da política econômica implementada pelos sucessivos governos do PT, sobretudo no erro sistêmico que está levando o País à bancarrota. A grande imprensa, beneficiária deste erro premeditado, faz de conta que não vê. Cabe, então, a este blog apresentar o diagnóstico da situação econômica real do País, sobretudo no aspecto de transferência de renda aos mais afortunados do País e fora deste.

O governo disfarça sobre o número real da dívida bruta do Tesouro e do Banco Central. O que se divulga normalmente pelo Banco Central é a dívida líquida do Tesouro que está em torno de R$ 2,8 bilhões. Eis, a fonte de transferência de renda dos mais pobres para os mais ricos. 

O governo usa a conta para chegar na dívida líquida, deduzindo da dívida bruta o valor da reserva cambial convertido em real e o valor que tem a receber do empréstimo feito para BNDES dentro do PSI. O governo não considera como dívida do governo, também, os títulos do Banco Central denominado "swap cambial". Somado tudo, a dívida do governo federal junto aos investidores institucionais e especuladores está ao redor de R$ 4,6 trilhões. Grosso modo, a dívida do governo federal é de cerca de 75% do PIB. Este número é base para cálculo do dispêndio líquido dos juros da dívida pública.

O Tesouro está pagando, em média, a taxa básica de juros Selic de 14,25% ao ano, enquanto a inflação oficial corrente dos últimos 12 meses está em 10%. O Brasil paga maior taxa de juros reais do mundo, atrás apenas da Turquia, entre as 40 maiores economias do mundo. O objetivo é atrair capital especulativo estrangeiro para não ter que gastar a reserva cambial. A média dos juros reais pagos pelo Brasil está em 4,5% a 5%. O valor do dispêndio de juros líquidos descontado inflação se aplica ao montante da dívida bruta. O valor real do dispêndio de juros reais, grosso modo, corresponde a cerca de R$ 200 bilhões.

Agora, vamos analisar quem paga e quem se beneficia. 

O maior beneficiário é o setor bancário que leva uma fatia maior. O segundo maior beneficiário é o setor empresarial que tem empréstimos subsidiados do BNDES. O terceiro maior beneficiário é o mercado financeiro internacional que tem aplicado cerca de 20% do total nos papeis do governo federal e de quebra não pagam Imposto de Renda sobre ganho de capital. Por último, os pequenos aplicadores em Tesouro Direto que auferem os juros, porém, pagam Imposto de Renda sobre o ganho de capital, que corresponde a menos de 5% do total de aplicações.

Quem paga o pato é o contribuinte brasileiro que em última análise pagam os juros reais, já descontado da inflação, contribuindo com impostos e contribuições. Afinal quem paga os juros reais que o governo federal paga para os beneficiários já nominados acima, são 204 milhões de habitantes. 

Dentre 204 milhões, menos de 1% da população que compõe a família dos banqueiros, dos empresários beneficiários do programas do BNDES, abocanham cerca de 75% dos benefícios do diferencial de juros que corresponde a R$ 200 bilhões. O restante dos 25% são pagos aos investidores estrangeiros e pequenos poupadores do Tesouro Direto. 

Soa como piada, o discurso da Dilma dizer que o governo dela privilegia os pobres e que está comprometido com as conquistas sociais. O governo PT toma R$ 200 bilhões dos pobres e distribui aos ricos, por ano e gasta em Bolsa Família cerca de R$ 28 bilhões.

Dilma transfere R$ 200 bilhões a uma meia dúzia de famílias mais abastadas do País e aos agiotas internacionais. Isto é exatamente o inverso do que praticava o lendário Robin Wood do Reino Unido que roubava dos ricos para distribuir aos pobres.

Dilma transfere R$ 200 bilhões para banqueiros!

Ossami Sakamori





Credit: Ossami Sakamori BlogSpot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário