Enquanto o Mercosul, bloco econômico em formação na América do Sul, patina e não sai do papel, as nações do Sudeste Asiático estabeleceram, neste domingo, uma comunidade formal de bloco que busca propiciar a livre circulação de mercadorias e de capital. O bloco nasce deslocando o Brasil para 9ª economia do mundo e se chamará ASEAN. A sede do bloco vai ficar em Jacarta, capital da Indonésia.
O bloco nasce com população somada de 625 milhões de pessoas e um PIB estimado de US$ 2,6 trilhões. O bloco estava em formação há 12 anos, e era projeto de pelo menos 48 anos. Os países que fazem parte são, em ordem alfabética: Brunei, Camboja, Cingapura, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Tailândia e Vietnã. De ideologias completamente diversas, tem em comum o interesse econômico.
A ASEAN já nasce com tratado bilateral de comércio com Japão, China, Coreia do Sul, Estados Unidos e União Européia. Sobretudo China e Japão tem interesse pela nova Associação, porque, na prática, as corporações de ambos países, já tem empresas maquiladoras instaldas nos países membros, para baratear o custo de produção das suas mercadorias destinados à exportação.
Enquanto isto, o Brasil está em profunda recessão desde o final de 2014, devendo estender a crise até, no mínimo, fim de 2016. O exemplo da ASEAN, nos mostra que os asiáticos estão dominando o alto crescimento do mundo. Por mais que falem da China, aquele país tem projeção de crescimento de 7% ao ano para próximos anos. A Índia está despontando como novo tigre asiático, com crescimento projetado de 7% ao ano. Agora, a ASEAN, com o PIB somado de US$ 2,6 trilhões e crescimento médio não menos que 3% ao ano.
Os países emergentes crescem a uma taxa de dar inveja aos brasileiros, pois que o Brasil está com PIB em declínio. Portanto, não cabe à presidente Dilma, a desculpa da recessão do Brasil aos fatores externos. Se outros emergentes podem crescer, por que o Brasil, não?
Dilma, onde foi o Brasil do futuro?
Ossami Sakamori
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