Crédito de imagem: Estadão
Há 14 dias, postei matéria sobre o rompimento de barragem da mineradora Samarco, em Mariana, sob o título Dilma, o atentado foi em Mariana! , chamando atenção da presidente Dilma pelo descaso ao maior desastre ecológico da história do País. Chamei atençao, também, sobre a falta de cobertura da grande imprensa que ocupava quase totalidade do seu tempo ao atentado em Paris. O descaso do desastre em Mariana foi coletivo.
Após uma semana do acidente, a presidente Dilma e o governador de Minas Gerais Fernando Pimentel, apenas sobrevoaram a área atingida. Da parte do governo federal, nenhuma providência significativa fora tomada para atender às dezenas de famílias que perderam, literalmente, tudo. Única iniciativa concreta que se sabe, foi que o Procurador da República teria bloqueado R$ 300 milhões da conta da mineradora Samarco, para cobrir eventuais prejuízos.
A mancha de rejeitos da mineradora Samarco, percorreu os 650 quilômetros de extensão, de Mariana até a foz do Rio Doce em Espírito Santo. Apesar da lama ter percorrido ao longo do Rio Doce por 16 dias, pouco se fez para proteger o meio ambiente ao longo do rio. A região da foz do Rio Doce, no município de Linhares, é uma região de reprodução de tartarugas marinhas protegidos pelo Projeto Tamar. O Ministério do Meio Ambiente, nada fez até o momento, a não ser a proteção das tartarugas marinhas. Para a Dilma, os humanos que se danem.
O desastre provocado pela mineradora Samarco deixou 23 vítimas, sendo 11 corpos resgatados e 12 vítimas desaparecidos, até hoje. Para presidente Dilma, o atentado de Paris, mereceu mair atenção para com as 3 vítimas brasileiras, não fatais, do que as vítimas de famílias da Mariana. Para o governo Dilma, as 23 vítimas fatais e dezenas de famílias que perderam as casas, tem pouca importância. As famílias moram em hotéis e abrigos, provisoriamente, providenciados pela Samarco. Aqui vale a máxima de que, para as autoridades, os "pobres e pretos" são populações de segunda classe.
Nos Estados Unidos, num desastre de proporções semelhantes, a do acidente do vazamento do petróleo no Golfo do México, a empresa British Petroleum, já teria gasto US$ 47,7 bilhões para reparação dos danos. O valor gasto pela BP corresponde a cerca de R$ 178 bilhões, na cotação de sexta-feira, dia 20. O governo brasileiro achar que multa de R$ 300 milhões que IBAMA vai aplicar à mineradora Samarco chega a ser ridículo. É muito grave a situação da Mariana.
Os gastos com o meio ambiente não só ao bioma ao longo dos 650 quilômetros do Rio Doce, mas às populações ribeirinhas, são incalculáveis. A recuperação do meio ambiente, sem interferência humana, poderá levar dezenas de anos, segundo especialistas. O que não se sabe, são prejuízos que deverão causar à saúde humana aos ribeirinhos do Rio Doce e população das cidades banhadas como Colatina e Linhares, são incalculáveis. Segundo os técnicos independentes, apesar da mineradora afirmar que não haverá riscos à saúde humana, há presença de metais nocivos à saúde humana como Magnésio, Mercúrio, Cromo e Alumínio.
A presidente Dilma, deveria convocar o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Saúde para avaliar os prejuízos presentes e futuros à população atingida em Mariana, como também aos ribeirinhos e às populações das cidades atingidas pelo Rio Doce é um providência inadiáveis. Calcular o prejuízo causado pelos desastres ambientais, impondo multas para previsão de recursos financeiros que serão necessários para atender às demandas decorrentes do maior desastre ambiental da história do País é uma providência inexorável.
Pergunto, à essa altura, porque a presidente Dilma se preocupou em assinar decreto considerando o rompimento de barragem como desastre natural. De certo foi para aliviar o valor da indenização a ser aplicada à mineradora Samarco. Só pode ser. Por que a Dilma não toma atitude radical como as que tomou o presidente Obama em relação à empresa britânica BP. No Brasil, a mineradora Samarco vai desembolsar multa de R$ 300 milhões, enquanto a BP desembolsou R$ 178 bilhões, em acordo com o governo dos Estado Unidos? Certamente, no Brasil, a conta vai sobrar para contribuinte, novamente!
Dilma deveria responder pelo crime de responsabilidade no caso do desastre ambiental da Mariana.
Ossami Sakamori
SakaSakamori
Após uma semana do acidente, a presidente Dilma e o governador de Minas Gerais Fernando Pimentel, apenas sobrevoaram a área atingida. Da parte do governo federal, nenhuma providência significativa fora tomada para atender às dezenas de famílias que perderam, literalmente, tudo. Única iniciativa concreta que se sabe, foi que o Procurador da República teria bloqueado R$ 300 milhões da conta da mineradora Samarco, para cobrir eventuais prejuízos.
A mancha de rejeitos da mineradora Samarco, percorreu os 650 quilômetros de extensão, de Mariana até a foz do Rio Doce em Espírito Santo. Apesar da lama ter percorrido ao longo do Rio Doce por 16 dias, pouco se fez para proteger o meio ambiente ao longo do rio. A região da foz do Rio Doce, no município de Linhares, é uma região de reprodução de tartarugas marinhas protegidos pelo Projeto Tamar. O Ministério do Meio Ambiente, nada fez até o momento, a não ser a proteção das tartarugas marinhas. Para a Dilma, os humanos que se danem.
O desastre provocado pela mineradora Samarco deixou 23 vítimas, sendo 11 corpos resgatados e 12 vítimas desaparecidos, até hoje. Para presidente Dilma, o atentado de Paris, mereceu mair atenção para com as 3 vítimas brasileiras, não fatais, do que as vítimas de famílias da Mariana. Para o governo Dilma, as 23 vítimas fatais e dezenas de famílias que perderam as casas, tem pouca importância. As famílias moram em hotéis e abrigos, provisoriamente, providenciados pela Samarco. Aqui vale a máxima de que, para as autoridades, os "pobres e pretos" são populações de segunda classe.
Nos Estados Unidos, num desastre de proporções semelhantes, a do acidente do vazamento do petróleo no Golfo do México, a empresa British Petroleum, já teria gasto US$ 47,7 bilhões para reparação dos danos. O valor gasto pela BP corresponde a cerca de R$ 178 bilhões, na cotação de sexta-feira, dia 20. O governo brasileiro achar que multa de R$ 300 milhões que IBAMA vai aplicar à mineradora Samarco chega a ser ridículo. É muito grave a situação da Mariana.
Os gastos com o meio ambiente não só ao bioma ao longo dos 650 quilômetros do Rio Doce, mas às populações ribeirinhas, são incalculáveis. A recuperação do meio ambiente, sem interferência humana, poderá levar dezenas de anos, segundo especialistas. O que não se sabe, são prejuízos que deverão causar à saúde humana aos ribeirinhos do Rio Doce e população das cidades banhadas como Colatina e Linhares, são incalculáveis. Segundo os técnicos independentes, apesar da mineradora afirmar que não haverá riscos à saúde humana, há presença de metais nocivos à saúde humana como Magnésio, Mercúrio, Cromo e Alumínio.
A presidente Dilma, deveria convocar o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Saúde para avaliar os prejuízos presentes e futuros à população atingida em Mariana, como também aos ribeirinhos e às populações das cidades atingidas pelo Rio Doce é um providência inadiáveis. Calcular o prejuízo causado pelos desastres ambientais, impondo multas para previsão de recursos financeiros que serão necessários para atender às demandas decorrentes do maior desastre ambiental da história do País é uma providência inexorável.
Pergunto, à essa altura, porque a presidente Dilma se preocupou em assinar decreto considerando o rompimento de barragem como desastre natural. De certo foi para aliviar o valor da indenização a ser aplicada à mineradora Samarco. Só pode ser. Por que a Dilma não toma atitude radical como as que tomou o presidente Obama em relação à empresa britânica BP. No Brasil, a mineradora Samarco vai desembolsar multa de R$ 300 milhões, enquanto a BP desembolsou R$ 178 bilhões, em acordo com o governo dos Estado Unidos? Certamente, no Brasil, a conta vai sobrar para contribuinte, novamente!
Dilma deveria responder pelo crime de responsabilidade no caso do desastre ambiental da Mariana.
Ossami Sakamori
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