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terça-feira, 8 de setembro de 2015

PMDB janta Dilma, hoje!


A relação da Dilma com o seu vice está azedada. Há poucos meses, Dilma chamou Michel Temer para fazer articulação política com o Congresso Nacional, diante da dificuldade de aprovar os ajustes fiscais do Joaquim Levy da Fazenda. Michel Temer já avisou a Dilma de que sua missão terminara com a aprovação dos ajustes do Joaquim Levy pelo Congresso Nacional, há poucos dias. Michel Temer sente-se desconfortável em ver a popularidade da Dilma despencar, afinal ele é vice da Dilma.

O clima ficou insustentável, quando a Dilma mandou o Orçamento da União de 2016 com "déficit primário", diante da falta de apoio para implantação da nova CPMF para cobrir o rombo de R$ 30,5 bilhões do Orçamento da União. Esta iniciativa da Dilma, de mandar Orçamento da União com "déficit primário" não só colocou o vice Michel Temer contra a Dilma, mas também o PMDB, que não gostaria de ver desgastado o Renan Calheiros presidente do Senado e nem tampouco o Eduardo Cunha presidente da Câmara dos Deputados.

Por outro lado, a seu modo, Dilma tenta assumir a negociação com o Congresso Nacional, para aprovar as medidas de equilíbrio do Orçamento Fiscal, contando com o apoio do fraco ministro de Planejamento Nelson Barbosa. Por sua vez, Nelson Barbosa, com "costa quente" está tentando negociar a aprovação do Orçamento Fiscal de 2016, negociando com o Congresso Nacional, deixado no escanteio o ministro da Fazenda Joaquim Levy. A missão do Nelson Barbosa não tem sido fácil, a de fazer o Orçamento Fiscal com "déficit primário" em Orçamento com "superávit primário". O equilíbrio do Orçamento da União passa pelo aumento de alíquotas de diversos impostos e contribuições. 

Politicamente, Dilma ficou isolado. Nos últimos dias, perdeu o apoio dos partidos da base aliadada como o PTB e PDT. Dilma não conta mais com o Michel Temer para negociação com o Congresso Nacional. Dilma não tem mais maioria no Congresso Nacional para iniciativas de importância, sobretudo sobre ajustes no Orçamento da União que ainda falta implementar. Está visível os esforços que os líderes no Senado Dulcídio Amaral e Humberto Costa e na Câmara dos Deputados Sibá Machado e José Guimarães. Eles, em vão, tentam manter o mínimo de apoio às iniciativas da presidente Dilma.

Mesmo dentro do cenário de completa ingovernabilidade, a inabilidade política e arrogância exacerbada da Dilma, está colocando o PMDB na posição de retranca à qualquer iniciativa da presidente em colocar a economia nos eixos. O PT que conta com apoio do PC do B e do PSB, não é suficiente para garantir a governabilidade. Há que ter os votos dos parlamentares do PMDB para manter-se no governo até o fim do período de mandato que termina em 2018. A ameaça "velada" do Michel Temer de que Dilma não terminaria o mandato com a atual popularidade procede. 

O PMDB, historicamente, sempre funcionou como "pendulo" na política brasileira. E neste governo, o da Dilma, não é muito diferente. O PMDB é o fiel da balança. O jantar que reúnem todos os governadores do PMDB, todos ministros do PMDB, presidente do Senado Renan Calheiro e presidente da Câmara Eduardo Cunha, ambos do PMDB, certamente a entrada será o "muro da vergonha" do 7 de Setembro e o prato principal o "desembarque" do apoio à Dilma. Conforme posicionamento do PMDB, resultado deste jantar, estará definitivamente selado o destino da Dilma. Só falta mesmo, definir o "start" do desembarque. A "senha" será dada nas próximas semanas. Com certeza, não será antes da promulgação da reforma política pela Dilma do dia 2 de outubro. 

O destino da Dilma estará selado no jantar de hoje, cuja sobremesa será o jogo de futebol entre Brasil e Estados Unidos. Independente do resultado do jogo, a Dilma será comemorado com o vinho do Porto. A sensação é de que o Ulysses Guimarães deixou escola.

Ossami Sakamori




Via: Ossami Sakamori BlogSpot.com

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