Não tenho mais paciência para ficar ouvindo da equipe do governo Dilma, o óbvio sobre o resultado da política econômica em curso. A notícia de hoje é sobre o "déficit fiscal" de 2015 em cerca de R$ 50 bilhões. Eu já tinha alertado sobre o "déficit fiscal" do ano em curso, sobretudo para corrigir as "pedaladas fiscais" de 2014.
O que me espanta é a imprensa noticiar o fato como novidade. Eu nem sou especialista em Orçamento Fiscal de qualquer governo, mas é só fazer a conta para descobrir o "eventual" furo. A dificuldade de saber a real situação porque o governo tem costume de maquiar os números, mexendo com o "restos a pagar" para o ano que vem, por exemplo.
A equipe econômica da Dilma erra, novamente, formulando política econômica equivocada. Já falei aqui que a equipe econômica está errando ao fazer apenas "ajustes fiscais", sem atacar a reforma estruturante no governo federal, sobretudo na previdência social. A equipe econômica inverte o cronograma de reformas. Desse jeito não vai a lugar algum! Ou melhor vai para o buraco!
A equipe econômica que engloba o presidente do Banco Central, erra feio na execução da política monetária. Alexandre Tombini quer segurar a inflação apenas com o aumento da taxa Selic, o que é um equívoco grave. Segurar inflação via taxa de juros é receituário clássico do FMI, mas não serve para economia desorganizada como no Brasil. Há outros mecanismos para combate à inflação, mas não vem o caso de ficar explicando aqui em poucas linhas. Sobre o tema, falaremos amanhã.
O "déficit primário" deste ano, tem a ver com Orçamento Fiscal de 2016. O efeito do "déficit primário" deste ano repercute no Orçamento Fiscal de 2016. E o Orçamento Fiscal de 2016 já está com o rombo tal que é necessário criar novas receitas como proveniente da nova CPMF. Não sei onde vai parar o "rombo" no Orçamento Fiscal de 2016!
Diante do quadro assim, o que posso dizer? Se eu disser que o Brasil está quebrado, sou taxado de "pessimista". Não, não sou pessimista. Sou apenas "realista", em analisar a situação econômica do Brasil, em especial sobre as contas do governo federal, como deva ser feito.
Ossami Sakamori
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