A presidente Dilma reconhece que não tem maioria no Congresso Nacional para barrar o impeachment. Com orientação do Palácio do Planalto, alguns parlamentares da base aliada, entraram com o pedido de impedimento do presidente da Câmara Eduardo Cunha, PMDB/RJ, sobre prosseguimento da questão de ordem formulada pelo deputado Mendonça Filho, DEM/PE, no STF e conseguiram liminar suspendendo o efeito. Mas, a batalha mal começou.
Por outro lado, o deputado Eduardo Cunha, não vai renunciar ao cargo de presidente da Câmara. Num acordo com os partidos da oposição, o pedido de afastamento por falta de decoro parlamentar será julgado pela Comissão de Ética. Não há outro parlamentar com liderança e força que tem chance de substituir a presidência da Câmara dos Deputados. Hoje, a sessão da Câmara dos Deputados transcorreu normalmente, com algum constrangimento no início da sessão, mas a denúncia seletiva da Procuradoria Geral da República, parece não ter surtido efeito desejado pelo Palácio do Planalto.
O próximo lance, segundo a imprensa, vai ser a apresentação do pedido de impeachment pelo PSDB, PPS, DEM e SD, alicerçado no pedido do Hélio Bicudo, ex-petista. O novo pedido deve ser complementado com fatos não previstos no pedido inicial do Hélio Bicudo. A previsão é que o pedido deve ser protocolado na próxima sexta-feira, dia 16, na secretaria da mesa da Câmara dos Deputados. Pelo visto, o pedido de impeachment do Hélio Bicudo deve vir blindado com os antídotos contra eventuais novos liminares do STF.
Este novo pedido deve ser votado pela Câmara dos Deputados nos próximos 60 dias, salvo atropelos no meio do caminho. Na minha modesta opinião, devido a falta de apoio popular da presidente Dilma e da base parlamentar, o desfecho é impeachment está contra a presidente. Neste processo, é importante a participação das redes sociais e dos movimentos de ruas, durante a tramitação do processo, antes de seguir para a votação no plenário da Câmara dos Deputados.
Os partidos da oposição precisarão conseguir 342 votos entre 513 deputados federais para aprovação do impeachment. A votação no Senado deverá acompanhar a votação na Câmara dos Deputados.
O povo brasileiro deve passar dia de Natal, sem Dilma, na presidência da República.
Ossami Sakamori
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