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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Inflação da Dilma, correndo solto!

Os números não mentem. A inflação voltou com toda força. A prévia da inflação para o mês de setembro, anualizado, está em 9,75%. Vou ser breve na exposição de hoje. Os próprios gráficos já demonstram por si só a trajetória da inflação no Brasil, dentro do Plano Real. Escolhi o período para demonstração, porque fica fácil a compreensão para leigos. 


A tendência da inflação do Plano Real era descendente, até ano passado, conforme mostra o gráfico abaixo. Com exceção dos dois primeiros ano do Plano e no ano de 2002, com o efeito eleição do Lula, a inflação não ultrapassou o índice de 10% ao ano. Tecnicamente, a trajetória era descendente, até 2013.


A inflação é nociva para o governo e para a população. Grosso modo, feito a conta, mesmo no Plano Real, com estabilidade da moeda, a nota de R$ 100 equivale hoje a cerca de R$ 19,90. Isto é a perda do poder de compra da população. Danou-se quem deixou o dinheiro debaixo do colchão, hoje vale menos que 1/5 do valor original. E o mais triste é que a inflação deste ano vai corroer muito mais do que dos anos anteriores, o poder de compra.


Se no ano de lançamento do Plano Real, cada US$ 1.00 valia R$ 1,00, hoje cada US$ 1.00 vale R$ 4,00.  Isto é efeito da inflação em relação ao mundo. A moeda brasileira perdeu valor em relação ao dólar, moeda referência para o mundo.


Inflação alta provoca taxa de juros para consumidor em alta. O gráfico abaixo mostra a evolução da taxa média de juros bancários para o consumidor. Os juros bancários acompanha a evolução da inflação, porque os bancos são os últimos a perder o dinheiro. Os juros do cartões de crédito estão acima de 360% ao ano e os juros do saldo devedor ultrapassando 240%. Isto leva, inevitavelmente à inadimplência do consumidor. Não é por acaso é que o sistema bancário está lucrando nunca como dantes.


Você sente a inflação no cotidiano. O aumento da gasolina é onde a classe média sente de imediato no bolso. O automóvel que era sonho de consumo da "classe emergente" já deixam de sê-lo.


A classe C, sente muito mais nos supermercados. Com inflação em alta compra-se cada vez menos com o mesmo dinheiro. Está cada vez mais longe, o consumidor encher o carrinho de supermercado na hora de compra mensal. E a renda da classe C, em especial mal acompanha o índice de inflação, com inflação ascendente.


Quem ganha com a inflação em alta é o sistema bancário. Os bancos ganham, "dia e noite", todos dias, inclusive nos finais de semana e feriados. Com greve ou sem greve, os banqueiros continuam ganhando do mesmo jeito. Não é por acaso é que o Joaquim Levy foi diretor do Bradesco até a véspera da posse no cargo de ministro da Fazenda. É a raposa cuidando do galinheiro.


O governo não está nem aí com a situação do povo, em decorrência da inflação alta. A inflação, já batendo nos "dois dígitos" (10%) nas principais capitais do Brasil, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro. Os empresários preferem aplicar no Tesouro Direto que paga 14,25% brutos ao ano, do que arriscar nos seus negócios e correr o risco de perder dinheiro. A consequência da inflação alta e governo pagando juros reais alto, causam desemprego em massa. 

Os agiotas internacionais torcem para que inflação continue em alta, porque aufere com aplicação em títulos do Tesouro Nacional, a maior taxa de juros reais entre 40 maiores economias do mundo, atrás apenas da Turquia. Os agiotas internacionais, em resumo, está sugando o sangue do povo brasileiro. 

Não adianta jornalista Miriam Leitão da Rede Globo tentar explicar os motivos da alta de inflação. O que importa para a população é a "inflação do bolso" que corrói o "poder de compra" da sua renda. O resto é conversa fiada. Muito fácil quem paga as contas com cartões corporativos, pagos pelo contribuinte. 


Dilma dizer que o País está com economia estável é como dar bofetada na cara do povo! Inflação da Dilma, correndo solto!

Ossami Sakamori







By: Ossami Sakamori BlogSpot.com

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