A notícia de que o ministro da Fazenda Joaquim Levy vai deixar o comando da economia do País é a notícia de hoje nos principais jornais de circulação nacional. Mesmo a presidente Dilma, em viagem internacional, não confirmou o ministro no cargo, mas nem desmentiu. Isto é sinal claro de que Joaquim Levy vai desembarcar do governo Dilma. O tempo quem vai definir é a presidente Dilma.
A economia do País está deteriorando muito rapidamente. O principal motivo para isso é a perda de confiança dos agentes políticos e econômicos à capacidade da presidente Dilma em conseguir a maioria no Congresso Nacional. Dilma necessita de aprovação de projetos importantes para equilíbrio dos Orçamento deste e do ano que vem. Presidente Dilma necessita, também, de apoio no Congresso Nacional para impedir o impeachment.
A falta de apoio da presidente Dilma ficou evidenciado na na tentativa de votação dos "vetos" presidenciais, onde o governo não conseguiu número suficiente para "manter" os vetos. O governo não conseguiu nem o comparecimento da maioria simples na Câmara dos Deputados, à despeito da reforma ministerial promovida para conseguir a maioria no Congresso Nacional.
O ministro Joaquim Levy, não está conseguindo equilibrar o Orçamento Fiscal deste ano, apesar de medidas de ajustes aprovadas no primeiro semestre. Além de tudo, o relatório do TCU, aponta que o ministro Joaquim Levy continua com a vela prática de "pedaladas fiscais" para tentar equilibrar o fluxo de caixa do Tesouro Nacional deste ano.
Outro problema crucial é a aprovação do Orçamento Fiscal de 2016 com o "superávit primário" como queria o ministro Joaquim Levy. Ele vinha prometendo nos seus périplos nas principais praças financeiras do mercado financeiro internacional de que geraria "superávit primário" no Balanço Fiscal deste ano e manter o Orçamento Fiscal de 2016 em equilíbrio. O governo Dilma conta, além de outras medidas, recriação da CPMF, para poder gerar o "superávit fiscal".
Com a falta de apoio parlamentar, dificilmente o Congresso Nacional vai aprovar a recriação da CPMF. E sem aprovação da CPMF, não há Orçamento Fiscal com "superávit primário" como Joaquim Levy prometeu ao mercado financeiro internacional. A não aprovação da nova CPMF pode gerar novos rebaixamentos na classificação de riscos nas principais agências de rating.
O governo Dilma perdeu controle sobre a inflação. O governo Dilma não consegue equilibrar o Orçamento Fiscal deste e do ano que vem. O governo Dilma não consegue passar confiança aos empresários fazer novos investimentos, pelo contrário, os empresários estão botando freio em novos investimentos. Os empresários, não só deixou de investir, mas estão diminuindo a produção ou mesmo está fechando os seus estabelecimentos, causando desemprego em massa.
Quadro pior não poderíamos estar a vivenciar. E nem vemos qualquer perspectiva de melhora nos próximos anos com a permanência da Dilma Rousseff no cargo de presidência da República.
Ossami Sakamori
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