Crédito da imagem: Estadão
A imprensa brasileira noticia, insistentemente, o atentado em Paris que causou morte de 129 pessoas, até o momento, e mais de 350 pessoas feridas. O atentado é atribuído ao Estado Islâmico. Entre as vítimas inclui dois brasileiros, sendo uma delas com bala atingido de raspão na mão e outra hospitalizada com três tiros, sem perigo de vida.
A presidente Dilma mandou mensagem de consternação ao presidente da França. A Dilma desejou, também, aos brasileiros o pronto restabelecimento e determinou que a Consulesa brasileira atendesse os dois brasileiros feridos no atentado, pessoalmente.
O atentado de Paris virou notícia que ocupou o noticiário no dia de hoje, passando para o segundo plano o acidente do rompimento de barragem das minas da mineradora Samarco, em Mariana, Minas Gerais.
A imprensa brasileira foi ao fundo sobre o atentado de Paris, atribuído ao Estado Islâmico. As emissoras Globo News e Band News promoveu dia todo, debate sobre o Estado Islâmico e o envolvimento do governo francês e do governo americano sobre a questão Estado Islâmico. Os nomes da estudante e do arquiteto brasileiro vítimas do atentado foram o foco de atenção das emissoras de televisão, talvez porque eles são brancos e de classe média.
Num espaço que passou despercebido na imprensa, foi comentado a descoberta de 7º corpo da vítima do acidente da barragem da Samarco em Mariana. A 7ª vítima foi o Marco Aurélio Moura. Ele era de Mossoró, Rio Grande do Norte, e tinha apenas 34 anos. Ainda há dois corpos que não foram identificados e segundo Corpo do Bombeiro, ainda há lista de 18 corpos desaparecidos. Possivelmente, eles eram pobres e pardos.
A presidente Dilma e o governador Fernando Pimentel sobrevoaram a área, com atraso de uma semana, a área atingida, mas nada foi revelado as providências para atendimento das vítimas do rompimento da barragem da Mariana.
Uma vila inteira ficou debaixo da lama, após o rompimento da barragem. Centenas de famílias perderam as casas e os mobiliários. Apenas o bravo promotor público, mandou bloquear R$ 300 milhões da mineradora Samarco para futuras indenizações às vítimas. Mas nenhuma providência objetiva foi anunciado pelo governo federal e nem tão pouco pelo governo estadual. É provável que o motivo é que as vítimas sejam mesmo pobres e pardos.
Sinto muito pelo que aconteceu com as vítimas do atentado de Paris. No entanto, fico muito triste que a prioridade da Dilma é para com as duas vítimas brasileiras em Paris. Certamente, as providências para as vítimas da Mariana, ficarão no esquecimentos, tanto quantos das vítimas de outras tragédias. Com certeza, para Dilma, os pobres e pardos não dão Ibope para manter-se no poder.
Dilma, o atentado foi em Mariana!
Ossami Sakamori
Source: Ossami Sakamori BlogSpot.com
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