RSS Feed

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Henrique Meirelles, ministro da Fazenda.

Crédito da imagem: Estadão

O cogitado ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, fez declaração num evento em São Paulo, promovido pelo Instituto Millenium, que dá noção do que pretende, se confirmado no cargo de ministro pela presidente Dilma. Henrique Meirelles é candidato ao cargo indicado pelo Lula da Silva, seu antigo chefe. 

Henrique Meirelles foi presidente do Banco Central nos dois mandatos Lula. Antes de assumir o cargo no Banco Central, Meirelles foi dono e presidente do Banco de Boston. O Banco Itaú assumiu o Banco de Boston, do Meirelles. em troca de participação acionária no Banco Itaú. Resumindo, ele é acionista minoritário do grupo Banco Itaú.

Atualmente, Henrique Meirelles é homem forte dentro no grupo JBS/Friboi. Tem em comum, o Meirelles com o grupo JBS dos Batista, a origem de ambos no estado de Goiás. Henrique Meirelles entrou na política elegendo-se deputado federal em 2002 pelo PSDB/GO. Os Batista iniciaram atividade comercial no ramo de frigorífico, no mesmo estado de Goiás. O grupo JBS/Friboi é dono, também, do Banco Original. 

Feito breve apresentação do banqueiro Henrique Meirelles, vamos ao que pensa o provável futuro ministro da Fazenda do governo Dilma. 

Disse ele no evento: "É fundamental uma trajetória consistente da dívida pública. A trajetória da dívida tem de ser revertida e estabelecermos como prioridade número um o ajuste fiscal e o equacionamento dessa questão". Continuou: "Algumas delas são de difícil equacionamento, inclusive político. Se fosse fácil, teríamos resolvido há muito tempo. Isto acontece com o aumento constante das despesas públicas por um período muito longo". Meirelles já fala como se ministro fosse. 

Meirelles falou em limitação de despesas públicas, no entanto, admitiu que, no curto prazo, será necessário um aumento de impostos, em função de uma questão emergencial de reverter a trajetória da dívida pública. Quanto a recriação da CPMF, o futuro ministro desconversou. No entanto, deixou claro que não é refratário à ideia, se assim a situação exigir. O futuro ministro vai na mesma linha do atual.

Disse o futuro ministro que, para o País crescer de forma sustentável, será necessário uma reforma tributária, com a racionalização da estrutura, mais objetiva e com menos dispêndios para empresas pagarem seus impostos. Vamos apenas lembrar que o futuro ministro da Fazenda Henrique Meirelles, fez parte dos dois governos Lula da Silva. A estrutura que hoje ele critica foi formulado por ele próprio ao longo dos 8 anos do governo Lula da Silva. Um pouco estranho o Meirelles criticar a gestão PT.

Vamos lembrar que na gestão do Henrique Meirelles no comando do Banco Central, o Brasil promoveu política equivocada de valorização do real, para proporcionar a "sensação de bem estar" e a "sensação do poder de compra" para a população. Foi na gestão do Henrique Meirelles com a valorização do real que sucateou o parque industrial brasileiro, que passou a participação no PIB de 26% para pouco mais de 12%. Foi na gestão do Henrique Meirelles na presidência do Banco Central é que a dívida pública brasileira saltou ao patamar insustentável que hoje ele critica. 

Na minha opinião, tirar o bancário Joaquim Levy do Bradesco e colocar o banqueiro Henrique Meirelles do Itaú no ministério da Fazenda, nada muda a trajetória da economia do País. Com o Henrique Meirelles na Fazenda, o setor bancário continuará lucrando como nunca, apesar do quadro recessivo. 

Colocar Meirelles no lugar do Levy é como trocar de guarda do galinheiro a raposa por um lobo. O povo continuará pagando a conta, como sempre. O povo que se lasquem, pensam eles. Os deles estão garantidos!

Ossami Sakamori














Original: Ossami Sakamori BlogSpot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário