Não tendo assunto relevante que tenha urgência para comentar hoje, vou tomar um pouco do seu tempo para descrever o possível quadro da economia no próximo ano, em especial no primeiro semestre. Se você está preparado para escutar, ok! Se você não está preparado para ouvir, então, se prepare!
O bicho papão da economia, no momento, se chama "inflação". O Banco Central vem divulgando através do Boletim Focus, a média de opinião do mercado financeiro sobre o futuro da economia do País. Se alguém faz planejamento econômico financeiro da empresa baseado em números do Boletim Focus está fodido.
Veja o que aconteceu. No dia 2 de fevereiro deste ano, o Boletim Focus projetava a inflação de 2015 em 7,01%, o dólar em R$ 2,80 e crescimento do PIB em 0,03% positivo. Você viu que maravilha seria o ano de 2015, se confirmasse a previsão do Boletim Focus do Banco Central. Nada disso confirmou, vocês sabem.
Pois o último Boletim Focus divulgado hoje, revisa a inflação para 10,61%, o dólar para R$ 3,90 e retração da economia para 3,62%. Como o ano não fechou ainda, os números finais do ano de 2015, só vamos conhecer no mês de fevereiro do próximo ano. Mas, vamos admitir que 2015 vai fechar estes números.
O mesmo Boletim Focus de ontem, prevê para 2016, retração da economia em 2,67% e inflação de 6,80%. Isto é opinião média do mercado pesquisado pelo Banco Central. Vocês não devem ir atrás destes números!
Na minha opinião, se não houver impeachment ou cassação da Dilma, o quadro da economia, diferente do que aponta o Boletim, deverá terminar com recessão nos mesmos níveis deste ano, ou seja acima de 3,61%. Da mesma forma, a inflação deverá fechar o ano de 2016 acima de 10,61% previsto para este ano. Explico o porquê.
Vou justificar o meu pessimismo com relação à previsão dos indicadores de 2016.
A inflação e a depressão sofrem efeito cascata, se não houver mudança na política econômica ou matriz econômica. Alguns dizem, efeito inercial. Desgraçadamente, o governo Dilma optou pela política da "gastança". No ano de 2014, sem as pedaladas, gerou "déficit primário" de R$ 40 bilhões. Neste ano, o governo propôs ao Congresso Orçamento Fiscal com "déficit primário" de R$ 120 bilhões. Assim, está nítida a política de "gastança" da Dilma.
Em economês, o governo Dilma vem financiando a "gastança" emitindo título da dívida pública federal ou seja vem ampliando a "base monetária". Qualquer estudante de economia sabe que a expansão da "base monetária" resulta na aceleração da inflação. Isto é um tema que poucos articulistas econômicos tem feito referência. Guarde a denominação: "base monetária".
Diante do quadro e baseada na política econômica equivocada da Dilma, novamente, a inflação do próximo ano deverá bater em 15%, se não tomar nenhuma medida corretiva. A depressão em 2016 deve atingir os mesmos níveis de 2015, considerando apenas o efeito cascata. Isto é próximo da situação da Argentina da Cristina Kirschner.
O pior quadro será sentido através do nível de desemprego, que ultrapassará 10 milhões (dois dígitos). O número de inadimplentes deverá aproximar-se dos 70 milhões. Estes dois indicadores, somado ao índice de inflação oficial de 15%, sem dúvida, haverá um caos social. O quadro se assemelha ao último ano governo Sarney e primeiro ano do governo Collor. Duas desgraças somadas!
Vou dizer o que para vocês? No início do ano, eu disse para vocês apertarem os cintos. E agora? Os cintos já estão apertados!
Único jeito de sair desta situação seria o impeachment da Dilma e eleger um governo competente. Só isto! Basta isto!
Ossami Sakamori
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