A notícia vindo dos Estados Unidos sobre criação de novos empregos no mês de dezembro, cerca de 300 mil postos de trabalho, equivalente a cerca de 180 mil postos de trabalho no Brasil, traz alívio para preocupações com o crescimento da economia americana, que representa cerca de 25% da economia mundial. A mesma notícia traz preocupações para o governo brasileiro.
As últimas notícias de menor crescimento na economia chinesa em relação aos últimos anos, ligeiramente inferior a 7% ao ano e a notícia do crescimento do mercado de trabalho nos Estados Unidos dá um certo alívio à economia mundial como todo. A China, a segunda maior economia do mundo representa certa de 15% da economia global. Mas dá arrepio para o Banco Central brasileiro.
A economia do Brasil em 2015, não oficial ainda, deve recuar para posição de 9ª economia do mundo, com o PIB estimado em cerca de US$ 1,8 trilhões, representando cerca de 2,5% do PIB mundial. Por mais que o governo Dilma queira mostrar que o Brasil é "protagonista" da economia global, não retrata a realidade. A economia do Brasil representa cerca de 1/10 da economia dos Estados Unidos ou 1/6 da economia chinesa. O resto é conversa da Dilma para justificar a sua própria incompetência.
A política externa brasileira, sobretudo, com ascensão do Partido dos Trabalhadores no poder, fez opção em direcionar as exportações para a China em detrimento para os Estados Unidos. O resultado é que a conta veio em dose cavalar. A economia chinesa está crescendo menos e a economia americana está em franco crescimento. Azar do Brasil, pela aposta mal feita. O governo do PT fez opção "ideológica" ao invés de opção "pragmática". O povo vai pagar a conta nos próximos anos pelo erros cometidos.
O fato é que o FED (Banco Central) americano está prevendo um aumento da taxa básica de juros dos títulos do governo, de 0,25% para 0,5%, para frear o crescimento exacerbado demonstrado com a criação de novos empregos. O FED está com um olho no crescimento do emprego e outro no nível de inflação. Isto que é política econômica equilibrada! Comparativamente, a nossa política econômica é um remendo de fórmula clássica do FMI com dose exacerbada de "populismo".
O Banco Central do Brasil está preparando sucessivos aumento da taxa básica de juros Selic do atual 14,25% para, até 15,25% nas próximas reuniões do COPOM. A principal preocupação do governo Dilma é que haja fuga de capital especulativo estrangeiro, que financia cerca de 20% dos títulos da dívida pública federal. A justificativa do Banco Central para o aumento da taxa Selic é para tentar abaixar a inflação para o teto da meta de 6,5%. Lembrando que a inflação de dezembro fechou em 10,67%. Lembrando também que o centro da meta da inflação é de 4,5%.
O desempenho da economia é a fórmula neoliberal preconizada pelo FMI e adotada pelos sucessivos governos neoliberais dos últimos 22 anos no País. Peguei pesado, não peguei? Cada um tira a conclusão que quiser. Não poupo críticas a nenhum governo que conduziu o País ao buraco que entramos!
Ossami Sakamori
Origin: Ossami Sakamori BlogSpot.com
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