Crédito da imagem: Estadão
Um dia é do caçador, outro dia é da caça. A Lei de Diretrizes Orçamentárias, aquela que baliza a Lei de Orçamento Anual de 2016, foi publicado na edição extra do Diário Oficial da União em 31 de dezembro, com veto à correção do Bolsa Família correspondente ao IPCA entre maio de 2014 a novembro de 2015. O governo Dilma rejeita a adoção do IPCA como indexador ao programa "carro chefe".
De acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias aprovada, prevê gastos no programa Bolsa Família gasto de R$ 28,8 bilhões para atender 13,9 milhões de famílias. Hoje, o programa faz repasse médio mensal de R$ 164 por família. Com o aumento da verba prevista, a renda média mensal das famílias atendidas pelo Bolsa Família passaria para média mensal de R$ 172. O aumento médio mensal por família seria de R$ 8.
A oposição aproveitou para fazer crítica ao governo Dilma, no sentido oposto ao que prevê a Lei de Diretrizes Orçamentárias sancionada pela presidente Dilma. A oposição liderada pelo PSDB/DEM, iniciadora do programa social, ainda no governo FHC, passou da posição de caça para a posição de caçador.
Disse o líder da minoria na Câmara dos Deputados, Bruno Araújo, PSDB/PE: "Se não tivesse cometido tanta irresponsabilidade fiscal, teria evitado mais este constrangimento" se referindo ao aumento pífio no programa Bolsa Família, noticiou Estadão.
O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho, PE, dique que "a medida manda a conta para os mais pobres" sem que haja contrapartida do governo, segundo o jornal Estadão.
"Em momento de grave crise, os primeiros a sofrer são os que mais necessita, ou seja, os beneficiários do Bolsa Família", disse o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, ainda segundo o jornal Estadão.
Inverteu-se a posição entre o PT e PSDB, sobretudo neste primeiro ano do segundo mandado da Dilma. Enquanto se destina verba de R$ 28,8 bilhões para Bolsa Família, o setor bancário e empresas beneficiárias do BNDES, um conjunto de poucas famílias abastadas do Brasil receberão cerca de R$ 250 bilhões de transferência de renda. Esta transferência de renda dos pobres para ricos exacerbou no governo do PT.
Não custa lembrar que ambas transferências são pagas pelos contribuintes. A política econômica equivocada do governo Dilma custará para cada brasileiro e para cada brasileira, neste ano de 2016, cerca de R$ 1.360.
No meio do tiroteio entre PT e PSDB, quem paga o pato somos nós, contribuintes. Somos os próprios "patos mancos" da história.
Ossami Sakamori
Origin: Ossami Sakamori BlogSpot.com
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