Crédito da imagem: Estadão
Eita, governo desastrado esse! A Caixa Econômica Federal, anunciou ontem, terça-feira, dia 8, uma série de medidas para estimular o mercado imobiliário. Uma das medidas é o aumento do teto de financiamento de imóveis usados para R$ 650 mil a R$ 750 mil, conforme o estado da federação. A outra medida se refere ao comprometimento do mutuário de 50% para 70% no setor privado e de 60% para 80% para funcionários públicos.
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A notícia já veio tarde. O mercado imobiliário está completamente desaquecido, após anos de crescimento acima do crescimento do PIB. Este blog fez várias matérias sobre a existência da "bolha imobiliário" no auge da alta do mercado imobiliário. Como sempre, à época não fomos bem compreendidos pelos leitores. Enfim, a bolha imobiliária estourou, há algum tempo.
O fato é que o mercado imobiliário está no "chão". No ano de 2015, segundo as notícias de grande imprensa, houve mais de 40% de desistência, na entrega dos imóveis, na cidade de São Paulo. O mercado tem mais oferta do que a demanda. As desistências de compra na ocasião das entregas, somam-se às ofertas de outros tantos imóveis novos que estão entrando em ofertas.
A notícia de aumento do teto dos valores dos imóveis em financiamentos e aumento de comprometimento dos eventuais mutuários, vem no momento em que há forte retração da demanda, acompanhando a recessão que o País atravessa e não vê melhora do quadro no futuro próximo. Há contínuo aumento de desemprego que inibe os possíveis compradores a se comprometerem em investimentos de longo prazo, como imóveis. Para agravar mais ainda a situação o número de pessoas inadimplentes no crédito, se aproxima de 60 milhões de pessoas, para uma população economicamente ativa de pouco mais de 100 milhões de pessoas.
Os empresários do setor de moradias que põem as barbas de molho, porque a reativação do setor imobiliário não acontecerá no horizonte de curto prazo! Os eventuais compradores de imóveis para habitação, que façam uma boa escolha e comprometer a renda com muita cautela. A crise econômica brasileira, não terá mudança radical no curto prazo, mesmo que a presidente Dilma venha ser cassada ou ele própria renunciar ao cargo. Quem escreve é atua, também, no setor imobiliário.
A bolha do mercado imobiliário está no chão!
Ossami Sakamori
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