Crédito da imagem: Estadão
Antes de terminar o primeiro trimestre, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, anunciou a revisão da meta fiscal de 2016. De acordo com a nova previsão, o setor público vai fechar o ano com o "déficit primário" de R$ 96 bilhões. À essa altura a Lei de Responsabilidade Fiscal já foi para o espaço, novamente. De princípio a Lei de Responsabilidade Fiscal prevê equilíbrio entre receita e despesa na execução orçamentária.
Para entendimento do leigo, o "déficit primário" é dinheiro que falta para cobrir os gastos do governo. Não está considerado para efeito de cálculo, a despesa de juros e parcela de rolagem dos títulos do Tesouro. Significa que, o governo não vai amortizar o capital da dívida e muito menos os juros da dívida. Pelo contrário, o "déficit primário", o dinheiro que falta, é acrescido na rolagem da dívida pública.
Repetindo. O governo federal não paga a amortização da dívida que vencem no ano de 2016, não paga os juros referente ao saldo da dívida. Além de tudo, como o governo federal não consegue pagar suas contas, além da rolagem do capital e juros das dívidas antigas, faz empréstimos novos para cobrir o "déficit primário", ou o dinheiro que falta para pagar as contas.
É o mesmo que um sujeito dever para o banco, não consegue pagar as amortizações e nem os juros e além de tudo pede para o banco fazer empréstimo novo em cima do velho, para poder pagar as contas. Isto tem uma denominação popular, a "bola de neve". Pois, o Brasil está nesta posição. Não estamos, ainda, na posição de Grécia ontem, mas estamos à caminho da Grécia, celeremente.
O Plano Lula, da matéria anterior, não está contemplado nesta matéria.
Ossami Sakamori
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