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sexta-feira, 11 de março de 2016

O dragão da inflação está solto!

Crédito da imagem: Veja

Demorou para os articulistas econômicos descobrirem o fenômeno conhecido como "inflação inercial", decorrente sobretudo das indexações de tarifas e serviços públicos.  A inflação no País não está cedendo, apesar da retração da demanda, desemprego e inadimplência em alta. É um fenômeno conhecido como "estagflação". Brasil vive situação de "estagflação".

O fenômeno "estagflação" é perverso, sobretudo para os cerca de 96% da população que vai da classe B à classe E. O fenômeno só beneficia banqueiros e a classe mais rica da população, a classe A, que representa menos de 4% da população do País. Cerca de 196 milhões de pessoas pagam o ônus pesado dessa situação e ao mesmo tempo, não mais que 8 milhões se beneficiam com a "estagflação".


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O meu objetivo não é dividir o País em ricos e pobres, mas o fenômeno vem se exacerbando muito, sobretudo, no governo Dilma. O conjunto da população, ou seja 96% da população, transfere para os 4%, cerca de R$ 250 bilhões anuais, a renda decorrente dos juros reais pago pelo Tesouro e somado aos subsídios dados pelos bancos oficiais a grandes grupos empresariais como a JBS/Friboi ou Oi Telecomunicações. 

O governo, o empresariado e o mercado financeiro esperam a queda do índice de inflação, mas continuam insistindo em manter os mesmos equívocos da política econômica do primeiro mandato da Dilma. O mercado comemora a inflação dos últimos 12 meses fechado em fevereiro que apresentou 10,36% (dois dígitos) como se fosse grande feito. O governo se acomodou ao número. Fico muito preocupado, quando a população e o próprio empresariado acomodam-se com o índice de inflação de dois dígitos. 

A inflação, matematicamente, é uma curva denominado espiral. Inflação não avança linearmente. Inflação avança na progressão geométrica enquanto a renda da população cresce linearmente conforme índice oficial da inflação. O fenômeno é sentido pela população no "bolso". Este tipo de situação eu denomino de "inflação do bolso". Inflação de bolso, não tem medição ao rigor científico, mas é a inflação que o povo sente no bolso, no dia a dia.  Basta fazer compras no supermercado para sentir o efeito da "inflação do bolso". 

Prestem atenção! O dragão da inflação continua solto, com Dilma ou sem Dilma.

Ossami Sakamori






Origin: Ossami Sakamori BlogSpot

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