Mais uma vez, Dilma manda erguer o "muro da vergonha" na Esplanada dos Ministérios, como é chamado as superquadras que estão localizadas os Ministérios. O mesmo esquema foi utilizado na última comemoração da Independência do Brasil. Isto é uma demonstração de que somos uma republiqueta de quinta categoria. Isto é uma vergonha!
Desta feita, Dilma quer separar através do "muro da vergonha" os "pró impeachment" dos "contra impeachment" em "territórios" diversos. Segundo líder do governo na Câmara dos deputados o "muro" é para separar a "esquerda" e a "direita". Ontem, no plenário da Comissão Processante, ouvi deputados da base aliada dizer que a avenida da esquerda era destinada para os "movimentos sociais" e a direita para a "turma da Avenida Paulista", com clara indicação de separação das classes sociais.
Isto me fez lembrar o "muro da vergonha" que separava as duas Alemanhas de antes, a da direita e da esquerda. Felizmente, hoje, o "muro de vergonha" do Berlim já não mais existe. Vem a lembrança, também, o "muro de vergonha" que separa o território israelense a do território palestino, o muro mandado erguer pelo governo do Israel.
O "muro da vergonha" mandado erguer pelo governo Dilma, tanto quanto os muros de Berlim ou do Israel/ Palestina, expõe escancaradamente intervenção do Estado brasileiro na divisão do País em "esquerda" e "direita", em "movimentos sociais" e "classe produtiva". Governo Dilma, pretende dividir o País em "pobres" e "ricos", da boca para fora.
O "muro da vergonha" de Brasília, apenas expõe o espírito divisionista do PT e consequentemente do governo Dilma. O Partido dos Trabalhadores, o PT, quer dividir o Brasil em dois "pedaços". O PT e a Dilma querem dividir o País em "ricos e pobres", "empresários e trabalhadores", "sul e norte", "sudeste e nordeste", "minoria e maioria" e "brancos e negros".
Com tudo, Isto não passa de discurso para manterem-se poder. Na prática acontece o inverso. Explico. Enquanto o governo Dilma distribui R$ 28 bilhões no programa Bolsa Família à classe mais pobre, o mesmo governo Dilma, distribui entre os juros reais e Bolsa Empresário destina R$ 250 bilhões para pequeno número de famílias que representa pouco menos de 4% da população. Este equívoco da política econômica está exposto no meu e-book Brasil tem Futuro?
Enquanto o País não corrigir esta distorção pela prática da política econômica neoliberal intervencionista, pouco muda se, eventualmente, o Michel Temer ou qualquer um outro venha assumir a presidência da República. Questão não está na "credibilidade" do nome do presidente da República. O futuro presidente terá que ter coragem para mudar a matriz econômica do País ou o futuro nunca se traduzirá em realidade.
A política econômica não se resume em três eixos, ou seja, o equilíbrio fiscal, o câmbio flutuante e Banco Central independente. Isto é como dizer que ser humano precisa de água, ar e comida para sobreviver. Insisto que há alternativa para desenvolvimento sustentável do Brasil . Basta ter vontade política para implementá-la.
Vamos parar de dividir o País, vamos!
Ossami Sakamori
Source: Ossami Sakamori BlogSpot
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