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sexta-feira, 10 de junho de 2016

Brasil caminha para capitulação final !


Vamos falar com franqueza. Estou apoiando o governo Michel Temer, não porque eu tenha simpatia pela figura do presidente, mas por ser a única opção, no momento, para sair do impasse criado pela Dilma Rousseff. A presidente afastada pelo Senado Federal, foi a pior presidente que o Brasil teve nas últimas décadas. Por mim, Dilma será cassada pelo Senado Federal, para o bem do País.

Michel Temer é o substituto natural, conforme prevê a Constituição neste tipo de situação. Eu querendo ou não querendo, Michel Temer é o presidente da República Federativa do Brasil, até que algum fato ou evento venha mudar esta situação. Mas, convenhamos, Temer é um presidente fraco politicamente, com pouco conhecimento sobre a macroeconomia. A qualidade do Temer em relação à Dilma é que ele é humilde contrapondo com a arrogância da segunda, mas ambos são neófitos em macroeconomia. 

Para ocupar o cargo de presidente da República não basta ser humilde, com habilidade política, sobretudo quando o País atravessa os piores momentos da sua história. Para ser preciso, o País passa os piores momentos dos últimos 100 anos, em termo de situação econômica. Num momento como este, o presidente da República, no meu entender, não poderia delegar a responsabilidade total de administrar a economia para a equipe econômica, que representa apenas um segmento da economia. Refiro-me aos senhores Henrique Meirelles e Ilan Goldfajn, respectivamente ministro da Fazenda e presidente do Banco Central. Ambos tem origem no setor bancário. Ambos tem currículo de inveja para ser administradores de instituições financeiras, mas carecem de visão para formular a política econômica sustentável para o Brasil para próximas gerações.

O Brasil não é instituição financeira. Pelo contrário, Brasil se submete ao mercado financeiro nacional e internacional para viabilizar sua vida econômica e financeira. Brasil é refém do sistema financeiro internacional, sobretudo. A demonstração de que minha visão está correta é a prática de maior taxa de juros básicos do planeta, atrás somente da Turquia, dentre 40 maiores economia do mundo, no momento que o País pede juros reais negativos. Brasil paga de 4% a 5% de juros reais aos agiotas nacionais e internacionais.

Feito o preâmbulo, vamos analisar a política econômica que está a propor o governo Temer. Feito os "ajustes fiscais" absorvendo os "rombos" do governo Dilma, a equipe econômica estabelece como tarefa primeira os ajustes na previdência social e reformulação nos direitos trabalhistas. Concordo que os ajustes na previdência e nos direitos trabalhistas são importantes. No entanto, o governo Temer, não ataca o principal fator que está a causar o "rombo" do resultado fiscal nominal. O governo Temer está a resolver, apenas o resultado fiscal primário. O governo exclui propositadamente a análise do custo dos juros reais, que está levando o Brasil ao buraco sem fim. 

Eu disse no meu e-book que é importante resolver o orçamento fiscal nominal, sem o que, nenhuma medida do ajuste fiscal primário não encaminhará o Brasil para o desenvolvimento sustentável. Sem a prática da política monetária adequada, elegendo como prioridade o setor produtivo e não o setor bancário, o País não sairá do lugar. Pelo contrário afundará cada vez mais.

Enquanto a preocupação da equipe econômica estiver no caminho apenas da boa saúde do sistema financeiro (bancário) em detrimento do setor produtivo, o País vai ficar patinando por longo período. Com a política econômica desenhada pelo governo Temer, o Brasil continuará sangrando até a capitulação final. 

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Ossami Sakamori

Via: Ossami Sakamori BlogSpot

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