O novo vilão da inflação é o feijão. Já foram, antes, o tomate, e a cebola. O quilo de feijão em supermercado está custando R$ 12,50. O feijão é alimento básico para a grande maioria da população brasileira, por isso, meu comentário aqui.
O fato é que o governo Temer vem encontrando dificuldade em controlar a inflação. A inflação oficial para o mês de abril está apontando para uma alta de 0,68% no mês. O motivo já amplamente comentado aqui é a equivocada política econômica do Meirelles na Fazenda e do Ilan no Banco Central. Até parece repeteco de matéria que postei no decorrer do ano de 2012, quando abri este espaço para meus comentários sobre economia e política.
O principal equívoco é a prática de política econômica neoliberal dos últimos 13 anos, com continuidade no governo Temer. Há que se implantar uma matriz econômica liberal para tirar o País do atoleiro que se meteu. Melhor dizendo, esse atoleiro que sucessivos governos neoliberais colocaram o Brasil no atoleiro econômico. Vamos lembrar que o Meirelles foi o principal idealizador da política econômica do governo do PT. O resultado é deu no que deu.
O equívoco dos sucessivos governos, em sua maior parte capitaneado pelo atual ministro da Fazenda Henrique Meirelles, levou o País a atual conjuntura econômica e social. Hoje, o País vive inflação oficial próximo de dois dígitos (10%), retração da economia do ano passado e deste ano próximo de 4% e número oficial de desempregados caminhando para 14 milhões no final do ano.
O ministro da Fazenda Henrique Meirelles, desconsiderando o momento crucial como que vive o País, quer aprovar medidas estruturantes na área de previdência e na área trabalhista. As medidas, que tem efeito no longo prazo é necessária e fundamental, no entanto, para o País que se encontra no atoleiro econômico e social é inoportuno. A saída é outra. O governo Temer deveria dar prioridade na "retomada imediata" de crescimento econômico sob pena de colocar o País em situação de "pré-insolvência". O momento é de extrema gravidade! Só não quer ver, quem não quer.
Não vejo no horizonte próximo, nas falas do ministro da Fazenda Henrique Meirelles e do presidente do Banco Central Ilan Goldfajn, qualquer mudança na política econômica neoliberal defendido por ambos. Ambos formuladores da política econômica falam apenas em "ajustes fiscais". Ajustes fiscais são apenas "deveres de casa" que são bases para qualquer política econômica tanto para os neoliberais ou para os liberais.
Sem mexer na "política de juros" e na "política cambial", bastante enfático na matriz econômica liberal , não é possível levar o Brasil ao caminho do desenvolvimento sustentável. E ponto final ! A matéria é bastante extensa, por isso deixarei de expor aqui. Recomendo a leitura do meu e-book Brasil tem futuro? (mais de 30 mil acessos) para melhor compreensão do que estou a transmitir nesta matéria.
Feijão é o novo vilão da inflação!
Ossami Sakamori
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