Crédito da imagem: Estadão
Quem está no centro do poder como presidente da República, ministro da Fazenda ou presidente do Banco Central, não respira a grave crise que vive o País. O deles estão garantidos e também do "establishiment" que os sustenta. Como diz, popularmente, eles estão numa "nice". Para o povo vai sobrar o aumento de impostos para cobrir o rombo deixado pela Dilma.
O povo sofre a consequência das sucessivas retrações do PIB. Já se fala em retração do PIB para o ano de 2016, próximo de 5%. A inflação continua resistindo próximo de dois dígitos (10%). O número de desemprego oficial medido pelo IBGE aponta 11,4 milhões de desempregados na média do trimestre encerrado no mês de abril, mas o número real da população desocupada está acima de 20 milhões, segundo @senador_ataides, no que concordo. O número de inadimplentes no sistema crediário, já ultrapassou os 60 milhões de pessoas, ou seja 40% do total da população adulta do País. Estes indicadores não são graves? Então, o que são graves para o "establishiment" ?
O "ajuste fiscal" desenhado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não é suficiente para reverter a situação de "depressão" no curto prazo. O "ajuste fiscal", não pode ser único instrumento para reverter a grave situação. Há que considerar outros dois importantes instrumentos da política monetária, a "política de juros" e a "política cambial" para tirar o País do atoleiro que se meteu.
A inadequada prática de política monetária pelos sucessivos governos, dentro do Plano Real, levou o País a esta situação. Estamos pagando a conta dos erros passados, não só da administração Dilma. A transferência de renda dos pobres para ricos no País, fez crescer o abismo que separa as classes sociais, favorecendo os banqueiros e agiotas internacionais em detrimento da maioria absoluta da população brasileira.
É uma pena que o presidente Michel Temer é míope na macroeconomia, para ele perceber que estão a equipe econômica está a praticar a matriz econômica "neoliberal", a fórmula clássica da política econômica do FMI. Se fosse eu a desenhar a política econômica para levar o Brasil ao desenvolvimento sustentável, adotaria a matriz econômica liberal proposta no e-book de minha autoria.
A adoção da política econômica "neoliberal", com apenas "ajustes fiscais" deixando no segundo plano a política econômica liberal não vai tirar o País da "depressão", no curto ou no médio prazo. Enquanto isto, o povo continua a pagar o preço do equívoco que não pediu para praticá-lo.
Ossami Sakamori
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