Rogério Shumann Rosso, líder do PSD, deputado federal pelo Distrito Federal, é advogado e músico roqueiro, 47 anos, nascido no Rio de Janeiro e casado com a Karina Curi Rosso. Foi governador do Distrito Federal, em mandato tampão, eleito pela Câmara Legislativa para suceder o José Roberto Arruda, este cassado pela corrupção. Foi presidente da Comissão Especial do Impeachment da presidente Dilma na Câmara dos Deputados.
Rogério Rosso vai concorrer ao cargo de presidente da Câmara dos Deputados, em função da renúncia do deputado Eduardo Cunha, PMDB/RJ. Ele se considera do "centro-direita" e afirma nunca ter pertencido a um determinado "grupo político", apesar de receber o rótulo de fazer parte do grupo do "Eduardo Cunha". Segundo, prestação de conta da sua campanha para deputado federal no TSE, dos R$ 1,4 milhão gastos, R$ 1,2 milhão foi financiado pelo sogro, pai da Karina Curi.
Segundo Estadão, o deputado Rogério Rosso mora numa bela casa de 400 metros quadrados no Lago Sul, zona nobre de Brasília. O Rogério Rosso tem perfil adequado para o cargo de presidente da Câmara dos Deputados, a segunda, na linha sucessória do presidente Temer, após confirmação do afastamento do impeachment da Dilma, votação prevista para o mês de agosto.
Rogério Rosso pertence ao denominado "centrão", grupo de deputados que definiu o processo de impeachment da Dilma na Câmara. Questiona-se de que o "centrão" atenderia aos interesses do deputado Cunho, no caminho da cassação do mandato. Por razões óbvias, o presidente Michel Temer, no exercício da presidência pela força que tem o "centrão", aprova o nome do deputado. No entanto, Michel Temer em posição fragilizado pela própria situação de presidente provisório, quer evitar oficializar o nome do deputado Rogério Rosso como candidato do Planalto, para evitar a "racha" da base de apoio do governo na Câmara dos Deputados.
Rogério Rosso procura consenso em torno do seu nome para o mandato tampão de presidente da Câmara dos Deputados, que vai até dia 31 de janeiro do próximo ano. O deputado se refere ao consenso já que pelo calendário da Câmara não tem muito o que fazer. O mês de agosto, mês do julgamento de impeachment da Dilma; meses de setembro e outubro, eleições municipais. Na prática, restaria apenas meses de novembro e dezembro para atividades legislativas, para aprovação dos projetos polêmicos como da previdência e leis trabalhistas.
Aposto que Rogério Rosso será eleito presidente da Câmara, nesta quarta-feira.
Ossami Sakamori
Credit: Ossami Sakamori BlogSpot
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