RSS Feed

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Relação incestuosa do Meirelles e JBS/Friboi.


O ministro da Fazenda Henrique Meirelles esclareceu à imprensa que fazia parte do Conselho Consultivo da empresa J&F, a "holding" do grupo econômico JBS/Friboi, até véspera de ser nomeado chefe da equipe econômica do governo Michel Temer.  Informou ainda, o ministro da Fazenda, que seus serviços era consultoria ao grupo econômico J&F, sendo que a maior parte dos serviços foi para ajudar na montagem do Banco Original para o grupo.  O esclarecimento veio depois que os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do grupo econômico JBS/Friboi, estão sendo coercitivamente prestar depoimento na Polícia Federal, no âmbito da Operação Greenfield. A Operação deflagada investiga as operações fraudulentas nos fundos de pensão das estatais Petros, Funcef, Previ e Postalis. 

Já no mês de janeiro de 2014, o jornal Folha dizia: "Sob o argumento de promover a internacionalização e reduzir a informalidade, o BNDES injetou, por da meio da compra de ações e títulos, R$ 12,8 bilhões em frigoríficos como JBS, Mafrig e Independência desde 2007. A cifra corresponde a 9% do orçamento do banco em 2014".  O governo Dilma, através do BNDES promoveu maior concentração no setor de frigoríficos, sob alegação de competitividade no exterior. Já o Lula da Silva dizia que era preciso criar "players" brasileiros no mundo global, entre eles o JBS/Friboi e Odebrecht.

No dia 19 de janeiro de 2014, portanto há mais de dois anos e meio, eu já comentava sobre a injeção de dinheiro do BNDES para o JBS/Friboi: "O dinheiro dos empréstimos ou participações do banco de fomento federal somem no ralo, sem dar a mínima explicação ao mercado e ao contribuinte. Foi o que aconteceu, também, com os empréstimos do BNDES, no montante declarado pelo próprio BNDES de R$ 10,6 bilhões concedidos ao grupo OGX. Simplesmente, ninguém explicou para onde foi parar o recurso público".  

Comentei ainda: "As notícias da Folha aponta que Mafrig do grupo JBS se encontra em situação delicada.  Consta na notícia, também, que JBS assumiu uma dívida junto ao BNDES no montante de R$ 5,85 bilhões na aquisição da empresa Seara pertencente a Mafrig, para não deixar a Mafrig naufragar de vez.  Foi dada uma espécie de sobrevida a Mafrig, do grupo JBS, para evitar escândalo igual ao que aconteceu com a OGX do Eike Batista".

Completava eu no meu comentário: "O grupo Mafrig é apenas ponta de "iceberg" dos empréstimos "fajutos" do BNDES aos frigoríficos.  Isto, não sou eu que estou a afirmar, mas no mercado financeiro até o engraxate da Bovespa sabe que o rombo maior é da empesa JBS. Para quem não sabe, com a ajuda do Lula & Dilma, o grupo se tornou maior empresa no setor de frigoríficos, e maior faturamento do Brasil".  

"Estes Batistas, referindo-me aos irmãos Joesley e Wesley, têm comportamento megalomaníaco do outro Batista, o estelionatário Eike Batista.  Acontecem e esbanjam com o nosso suado dinheiro do sistema BNDES.  Os dois irmãos, são empresários que não tem 40 anos de idade e não herdaram fortuna dos pais.  Ambos Batistas tem em comum os padrinhos Lula & Dilma.  Isto explica a repentina ascensão".  

Fui contundente ao dizer à época: "Enquanto permanecer os governos Lula & Dilma, os  Batistas dos Friboi do Tony Ramos, estarão na mídia e estarão blindados com o dinheiro fácil do BNDES.  Só para lembrar, o presidente do Banco Central do Lula, o banqueiro Henrique Meirelles é o principal articulador do grupo junto ao governo da Dilma. Costa quente eles tem, até demais.  Até quando o grupo JBS/Friboi vai viver às custas do BNDES, ninguém sabe.  Só Dilma sabe!

O jornal Estadão comenta nesta semana: "Um possível atraso na reestruturação societária da JBS e a percepção de obstáculos no refinanciamento da dívida da empresa são as principais preocupações do mercado em relação à JBS, após a operação Greenfild, que investiga gestão temerária e fraudulenta nos fudnos de pensão estatais brasileiros. Apesar de não envolver a processadora de carnes diretamente, a investigação tem como alvo a Eldorada Celulose, empresa controlada pela mesma holding, a J&F".

O que questiono é a existência de relação promíscua entre o ministro da Fazenda Henrique Meirelles, o formulador da política econômica do governo Michel Temer, e o grupo JBS/Friboi, investigado como "gestão temerária e fraudulenta" pelo Ministério Público Federal. Como quer o presidente Temer que o mercado financeiro nacional e internacional depositem confiança na política econômica formulada pelo Henrique Meirelles, o principal consultor do grupo JBS/Friboi, alvo de investigações pela Polícia Federal.

Já em outra matéria, afirmei antes das eleições de 2014 que o grupo JBS/Friboi seria o maior doador da campanha da Dilma para presidência da República. E foi. O grupo JBS/Friboi foi o maior doador individual à campanha presidencial de 2014 aos candidatos Dilma e Aécio. Cada uma das campanhas presidenciais recebeu mais de R$ 300 milhões ou seja, na somatória, mais de meio R$ bilhão. Assim garantiu o grupo JBS/Friboi a vaga cativa para o Meirelles na Fazenda. Só não enxerga quem não quer.

Henrique Meirelles não tem condições de permanecer à como formulador da política econômica do governo Temer, sendo que ele fazia parte do grupo econômico que permitiu a "falcatrua" e "ladroagem" do dinheiro público.  

Meirelles não reúne condições de permanecer como principal figura da equipe do presidente Temer.

Ossami Sakamori
@Brasillivre


Credit: Ossami Sakamori Blogspot

Nenhum comentário:

Postar um comentário