A grande imprensa noticia de que o presidente Temer vai oferecer jantar a 400 parlamentares no Palácio da Alvorada para base de apoio na Câmara dos Deputados, no esforço para aprovar a PEC 241 referente ao teto dos gastos públicos. Para alguns, o evento mostra a vontade do presidente Temer em ver aprovada a PEC, para ganhar a credibilidade junto aos investidores internacionais. Para este que escreve, o jantar é uma tremenda afronta ao contribuinte brasileiro, gastar enormidade de dinheiro público com os políticos, que teria obrigação de votar projetos importantes para o País, como dever funcional. Para que o jantar, nos tempos bicudos?
O que me chama atenção é que o evento organizado pela presidência da República custará aos cofres públicos, nada menos que R$ 150,00 por cada comensal. A despesa se´ra pago por mim e por vocês, justamente para aprovar a PEC que limita os "gastos públicos". Pior exemplo de gastos não poderia ser no esforço (sic) para aprovação do teto dos gastos. Gastança para cortar gastos é uma contradição!
É uma contradição do País de bananões. Fazer o que! Lá vamos nós, contribuintes, pagar mais uma conta do governo, no auge do momento que o número de desempregado já ultrapassa 12 milhões e o País atravessa a pior depressão desde 1929. Será que estou vivendo num outro Brasil?
Lembro-me que há cerca de 30 anos, numa escala de viagem para Manaus, com a família, aos meus filhos adolescentes de que a cidade, a capital da República do Brasil era uma verdadeira "ilha de fantasia". Brasília após tanto tempo passado, continua a mesma, está dissociado do resto do País. Brasília cheira mal, tal qual esgoto de rua, mas os políticos vivem a vida de "fantasia" sem se importar com o que acontece ao seu redor.
Os inquilinos do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional, "em sua maioria", não estão "nem aí" com a dura vida cotidiana da população brasileira. E ainda perguntam, porque a população está descontente com a classe política. Há que mudar esta prática nefasta de "toma lá, dá cá", com o nosso dinheiro público. Eu não os autorizei gastar meu dinheiro para fazer "festança" para cada um ter que cumprir o "dever" de votar projetos que seria de obrigação de cada parlamentar.
Brasília é uma verdadeira "ilha da fantasia".
Ossami Sakamori
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