De repente, como que de repente, tornamo-nos especialista em "americanistas" (em alusão aos brasilianistas). Após a inesperada eleição, contrariando a pesquisa de opinião pública, do Donald Trump ao cargo de presidente dos Estados Unidos da América (USA), os principais articulistas da grande imprensa se tornaram especialista em assuntos internos daquele país que responde por 25% do PIB do mundo.
O assunto vai desde a forma de eleição, que nos Estados Unidos, é de forma indireta ou seja através de "colégio eleitoral", até a possível reação da população contra o novo presidente, que tomará posse no dia 20 de janeiro do próximo ano. Só vamos lembrar que o Donald Trump é o 45º presidente da República que se elege desta forma, portanto vamos lembrar aos menos avisados de que esta forma de eleição acontece há quase duas centenas de anos, ininterruptamente. E a nossa forma de eleições, há quanto tempo está testado?
O fato é que a Rede Globo e o próprio governo Temer eram manifestadamente favoráveis à eleição da Hilary Clinton. Deu no que deu. Deu com os burros n'água! Ao invés de inconformarem-se com a situação real, poderiam analisar os reflexos que, eventualmente, o novo presidente Donald Trump, poderia causar no novo quadro geopolítico do mundo. Poderiam também, eventualmente, analisar os possíveis reflexo na economia mundial, já que os Estados Unidos, sozinhos, respondem com um quarto (1/4) de tudo que o mundo produz.
O fato é que a Hilary Clinton representava ou representa a ala progressista, a "esquerda", da política americana. A Rede Globo e os seus séquitos estavam torcendo, como não poderia esperar de outra forma, a torcida para a esquerda. O Donaldo Trump, querendo ou não querendo, representa a ala conservadora do povo americano. No Brasil, a esta ala conservadora denominamos, de "direita". A equipe de jornalismo da Rede Globo tem horror da ala "direita" seja ela dos Estados Unidos ou do Brasil.
O resultado das últimas eleições, para prefeitos e vereadores, demonstraram claramente que a "esquerda" foi sepultado no Brasil. Alguém ainda tem dúvida sobre este fato? Basta ver o resultado das eleições nas capitais brasileiros, onde a ala direita, que também não são "monopólios" dos principais partidos da situação (atual), foi a vitoriosa nas últimas eleições.
Eu digo, comumente, que enxergamos o umbigo dos outros, mas não enxergamos os nossos próprios. É isto que acontece com a Rede Globo e os principais articulistas vinculados à maior rede de concessão pública do País. Eles tem capacidade de discutir os assuntos internos dos Estados Unidos, mas são incapazes de discutir e apresentar solução para grave crise econômica e social que passa o Brasil.
Estamos a precisar, urgentemente, de os "brasilianistas" brasileiros.
Ossami Sakamori
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