Donald Trump será o novo presidente eleito dos Estados Unidos à partir do dia 20 de janeiro do próximo ano. O resultado contrariou a projeção de todas pesquisas de opinião, de véspera. Tanto aqui no Brasil como nos Estados Unidos, as pesquisas de opinião não garante o resultado das eleições. O que conta é o voto depositado pelo povo nas urnas. A Rede Globo errou feio na sua torcida, como de costume.
Ideologicamente, o Partido Democrático está mais para esquerda do que o Partido Republicano que é considerado conservador pelo povo americano. Ideologicamente, como o brasileiro entende, a Hilary Clinton representa a esquerda americana e o Donald Trump está mais para direita. A democracia americana funciona há dois séculos, sem interrupção, elegendo os sucessivos presidentes. Nada se compara a democracia americana com a democracia brasileira.
Não, não haverá catástrofe com a eleição do Donald Trump para presidente dos Estados Unidos. A estrutura do Estado americano é, sozinha, maior que 1 e 1/2 PIB brasileiro. Para comparação, o PIB americano é cerca de 10 vezes o PIB brasileiro. Lá não é como cá, que um novo presidente vai impondo à sua vontade, mudando até Constituição da República para adaptar às suas necessidades. Não haverá uma PEC 241 para mudar a Constituição americana, nem tão pouco Medidas Provisórias de iniciativa da presidência da República. Está longe de acontecer, o aparelhamento do Estado através dezenas de milhares de "cargos comissionados" na estrutura do Estado americano, como que acontece no Brasil.
O mercado financeiro está "apavorado" com as medidas protecionistas que o novo presidente Donald Trump diz tomar, nos seus discursos de campanha. Para quem tem pouca familiaridade com o mercado financeiro global, pode achar que não é fácil assimilar a mudança que o presidente Donald Trump vai implementar nos próximos 4 anos. Vamos acalmar os investidores. Nos Estados Unidos não tem Medidas Provisórias para mudar regulação do mercado financeiro e de investimentos, no curto espaço de tempo.
Haverá turbulência no mercado financeiro, no curto prazo. Perderá ou ganhará dinheiro quem está no mercado especulativo. O mercado financeiro (Bolsa) estará como diabo gosto. Que se cuidem os amadores! No curto prazo, é de prever que haverá queda nas cotações de papeis da Bolsa de Valores, no Brasil e do mundo. Também, poderá haver no curto prazo, a alta do dólar (real desvalorizado). Até a posse do presidente Donald Trump o mercado financeiro estará à gosto do especulador financeiro. Depois, tudo se acalma. Os amadores que fiquem fora da especulação.
É pouco provável que o "efeito Donald Trump" termine numa nova crise financeira mundial como à de 2008. Não há razões para que haja guinada radical na condução da política econômica dos Estados Unidos, mesmo com o Donald Trump na presidência da República. Pelo contrário, os Estados Unidos deverão experimentar um novo período de crescimento sustentável.
O "efeito Donal Trump" para o Brasil poderá fazer-se sentir com as novas medidas protecionistas, o que não é novidade para os exportadores brasileiros. Infelizmente, o Brasil é como o "pau de galinheiro" de sucessivos governos americanos, independente do presidente ser democrata ou republicano. Brasil não estará na escala de prioridade para o Donald Trump, como nunca esteve na prioridade de nenhum outro presidente americano.
Com Donald Trump, o Brasil continuará sendo a "titica de galinha".
Ossami Sakamori
Credit: Ossami Sakamori Blogspot
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