A equipe econômica do governo Temer, impõe ao povo agenda econômica que privilegia os agiotas nacionais e internacionais, com enorme sacrifício para a população. O resultado é o número de trabalhadores desempregados e desalentados (sub-empregados) ascendem a 24 milhões, o que corresponde a cerca de 1/4 da força de trabalho do País. Ainda assim, o presidente Temer alardeia vitórias importantes do governo.
O País paga os juros reais a mais alta do planeta. Com inflação previsto para fechar o ano de 2016, em torno de 6,5% ao ano e taxa básica de juros Selic de 13,75% ao ano, com juros reais correspondente a 7,25% ao ano. Os países com economia em estabilidade estão pagando juros reais negativos, para estimular o crescimento econômico, enquanto o Brasil anda na contra-mão do mundo, privilegiando os agiotas internacionais para financiar suas mazelas e incompetências.
Após aprovação do PEC 241, do teto dos gastos públicos, o do governo Temer está autorizado a emitir títulos da dívida pública para cobrir os "rombos" do Orçamento Fiscal. Qualquer estudante de economia sabe que emitir títulos da dívida pública para cobrir os gastos públicos alarga a base monetária e consequentemente a traz inflação de volta. A inflação está cedendo, não pela política fiscal do Meirelles, mas simplesmente pela "depressão" comparável a grande depressão de 1929.
O controle da inflação está sendo feito com pesado ônus para a população que é a "retração da economia". A retração da economia traz como consequência a retração no sistema produtivo. A retração nos investimentos nos setores produtivos traz como resultado o elevado número de desempregados. É um círculo vicioso que só se reverte com a política monetária adequada, que privilegie os setores produtivos em detrimento do setor financeiro especulativo.
Entende-se como política monetária, a política de câmbio e política de juros. Todas economias em desenvolvimento, adotam políticas monetárias que atendem sobretudo ao crescimento econômico. O Brasil mais do que nunca precisa de crescimento econômico acelerado para tentar eliminar o "fosso" que separa os países desenvolvidos dos países "em desenvolvimento". No entanto, o País pratica política monetária que vai na contra mão do desenvolvimento sustentável, apenas e tão somente para "ficar bem na fotografia" perante o mercado financeiro internacional.
O fato é que, para o Pais manter-se à tona num mar revolto, a equipe econômica com anuência do presidente Temer, pratica "política econômica recessiva". Neste contexto, somente o povo paga o alto preço da política econômica e da política monetária equivocadas. Em contrapartida, a classe política "vive no bem bom", com todas despesas pagas com o dinheiro público. Para se ter ideia, os ministros do governo Temer utilizaram nos últimos seis meses, mais de 800 viagens privadas utilizando os jatinhos da FAB ao custo de R$ 160 mil cada deslocamento. Enfim, o povo que se lixe!
A vitória do governo Temer e sua equipe econômica será, sem dúvida, com a vitória do Pirro*. O eventual crescimento econômico esperado pelo governo Temer para o segundo semestre do próximo ano, é resultado da imposição de enormes sacrifícios à população, até acima da sua capacidade de compreensão e suporte.
* A expressão recebeu o nome do rei Pirro do Épiro, cujo exército havia sofrido perdas irreparáveis após derrotar os romanos na Batalha de Heracleia, em 280 a.C., e na Batalha de Ásculo, em 279 a.C., durante a Guerra Pírrica. Fonte: Wikipédia.
O governo Temer ao alardear sucessivas vitórias nas medidas econômicas que impõem sacrifícios para a população, é como cantar a vitória do Pirro.
O governo Temer ao alardear sucessivas vitórias nas medidas econômicas que impõem sacrifícios para a população, é como cantar a vitória do Pirro.
Ossami Sakamori
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