Crédito da imagem: Estadão
No evento de filiação da senadora Marta Suplicy no PMDB, Eduardo Cunha propôs em seu discurso, o rompimento imediato do partido com o governo Dilma. No mesmo evento, o vice-presidente Michel Temer pregou o lançamento de um nome do PMDB para a presidência da República em 2018.
A profundidade do rompimento do PMDB com o governo Dilma vai ser definido num Congresso do PMDB que está marcado para o mês de novembro. Eduardo Cunha, segundo imprensa, propõe que o Congresso se transforme em Convenção Nacional do PMDB, para definir o futuro político do partido, em relação à participação no governo Dilma.
Pelo que estou entendendo, o PMDB vai fazer o jogo da Dilma, na questão da reforma administrativa com fusão de alguns ministérios, aceitando o jogo de cena. É certo que o PMDB vai indicar os nomes para as pastas oferecidos pela Dilma, num aparente aceitação do jogo político para permanência da Dilma até o final do mandato. Mas isto tudo é falso. O PMDB vai romper com o governo Dilma.
Segundo a imprensa, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, à partir da próxima semana, vai começar a analisar 13 propostas de pedido de impeachment protocolado na Câmara dos Deputados. Eduardo Cunha age com cautela para que o processo de impeachment da Dilma, não caia no "vazio" jurídico. Entre 13 propostas, deve escolher aquele que leve ao efetivo impeachment da Dilma, sem contestação no STF.
Por outro lado, o processo de investigação do deputado Eduardo Cunha no STF deve prosseguir o rito normal. O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, deu parecer favorável para que o relator do processo dê prosseguimento à investigação pela Polícia Federal. Apesar de período de investigação solicitado pela Polícia Federal ter prazo determinado, ainda não se tem certeza de que o Procurador Geral da República recomende indiciamento ao relator do processo no STF. Salvo alguma mudança no transcorrer da investigação, o relator, de princípio é o ministro do STF, Teori Zavascki, que irá decidir pelo indiciamento ou não do deputado Eduardo Cunha.
Apesar do deputado Eduardo Cunha, PMDB/RJ, acusado pelos delatores colaborativos, de ter recebido propinas da ladroagem da Petrobras, no momento, é único político com "caneta" na mão para mandar instaurar ou arquivar o pedido de impeachment da presidente Dilma pelo Congresso Nacional. O impeachment da Dilma depende do deputado Eduardo Cunha.
No entretanto, há um outro processo que está em tramitação sobre a cassação de mando da presidente Dilma e seu vice, que corre no TSE, cujo relator é o ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do TSE. Não se tem certeza se a condução do processo de cassação do registro da chapa terá prosseguimento dentro da normalidade. Explico. O presidente do TSE é o ministro Dias Toffoli, ligado ao José Dirceu e nomeado pela presidente Dilma para o cargo de ministro do STF e presidente do TSE.
No momento, estou confiante que o PMDB vai romper com o governo Dilma, após o Congresso em novembro. Estou confiante, também, que o presidente da Câmara dos Deputados colocará em votação o pedido de impeachment ainda neste ano. O senador Renan Calheiros, presidente do Senado e do Congresso Nacional, faz parte do PMDB e é crítico contundente das medidas de ajustes no Orçamento Fsical de 2016. Pelo que conhecemos, o senador Renan Calheiros vai ficar em cima do muro, até a undécima hora da decisão de desembarcar do governo Dilma. Mas, não vai ficar isolado, vai desembarcar junto com o Cunha e Temer.
Dá-lhe Cunha na Dilma!
Ossami Sakamori
Credit: Ossami Sakamori BlogSpot.com
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