Segundo o jornal português, as autoridade policiais que investigam o negócio Oi-Portugal Telecom, celebrado em 2010, suspeitam que os movimentos financeiros que terão facilitado as autorizações políticas necessárias ao acordo de telecomunicações luso-brasileiro partiram das construtoras, acionistas da operadora paulista, após terem recebido parte do dinheiro devido pela operadora portuguesa, no valor de $ 1,2 bilhão de euros.
Ainda segundo o jornal público, os últimos meses tem dado grande trabalho para a Polícia Federal brasileira, que procura desmontar a teia de corrupção e de lavagem de dinheiro à volta da cúpula da política brasileira.
As investigações correm hoje, no Brasil e em Portugal, autonomamente, mas com canais abertos e já demonstraram levantar o véu sobre possíveis pagamentos de várias dezenas de euros ao universo de influência do ex-presidente da República Lula da Silva.
Movimentos financeiros que as autoridades suspeitam podem ter saído de empresas internacionais vinculadas aos acionistas da Oi Telecomunicações, a Construtora Andrade Gutierrez através de Angola e Venezuela. A Construtora Andrade Gutierrez está sendo investigado, também, pela justiça brasileira no âmbito da Operação Lava Jato.
O jornal Público diz que sabe que, à partir da documentação e de emails apreendidos, de escutas telefônicas e de depoimentos recebidos de viva voz, as autoridades tem procurado reunir provas que determinem estilo de atuação que se repetem e que não sejam meras coincidências.
Hoje, é de conhecimento geral que há inquéritos em curso confirmados pelos ministérios públicos de ambos os países relacionados com a abrangência dos contatos que se estabeleceram entre os círculos próximos do ex-presidente Lula da Silva e do ex-primeiro ministro José Sócrates. A Procuradoria Geral da República de Portugal informou que as autoridades brasileiras já pediram "cooperação judiciária".
Na lista de ações policiais consta mandato de busca e apreensão na seda da Portugal Telecom em janeiro de 2015, para recolher dados sobre os negócios com a Oi Telecomunicações. Sabe-se que no mês de setembro último, foi apreendido pela Polícia Federal, na casa de Luís Oliveira Silva, sócio e irmão do José Dirceu, o antigo homem forte do Lula e Silva, documentos com uma anotação sobre a Portugal Telecom.
Os indícios de corrupção que envolvem os nomes do Lula da Silva e José Sócrates, apontam como origem na parcela de $ 1,2 bilhão, que o Ministério Público português investiga quem deixou o digital da corrupção.
Em 19 de junho, o juiz federal Sérgio Moro deu ordem de prisão ao Otávio Azevedo, por crime de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa para fraudar licitações na Petrobras entre 2004 e 2014, com depósitos no exterior. A defesa do Otávio Azevedo alegou que o gestor representante da Oi era presidente da "holding" Andrade Gutierrez, com funções de representação institucional e disse que "nunca teve conhecimento da dinâmica comercial e operacional da Construtora. O juiz federal Sérgio Moro respondeu que tem provas significativas dos crimes.
O cerco em torno do Lula está fechando!
Matéria conexa deste blog, de 19/8/2015: Lula da Silva poderá ser preso em Lisboa
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Fonte: jornal Público , edição de 2/11/2015.
Ossami Sakamori
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