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quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Dólar perseguirá a meta de R$ 4,50.


Hoje, 16 de dezembro, quarta-feira, acontece dois eventos importantes para a vida dos brasileiros. Um destes é a decisão do STF sobre recurso impetrado pelo PC do B sobre o andamento do processo de impeachment da presidente Dilma, o outro é a reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) do FED (Banco Central) americano. 

Sobre o primeiro tema, o do impeachment da presidente Dilma, farei matéria após a decisão do pleno do STF. Isto só deve ocorrer à noite. Vamos ao segundo evento citado.

O FED, diante do aquecimento da economia americana há mais de um ano, em meses consecutivos e o índice de desemprego favorável, acompanhando o desempenho da economia, deve adotar na reunião de hoje ou deve apontar a tendência para a próxima reunião (março de 2016), o aumento da taxa de juros dos títulos do Tesouro americano.

Os títulos do Tesouro americano, atualmente remunerando os de curto prazo, em 0,25% ao ano, deve sofrer ligeiro aumento. A medida visa enxugar o liquidez do mercado, na tentativa de segurar o ritmo da expansão da economia, uma situação exatamente oposta ao quadro da economia brasileira. O principal indicador deles que é o índice de desemprego dos Estados Unidos, do mês de novembro deste ano é menor desde novembro de 2008, quando estourou a crise hipotecária que deu origem à crise financeira mundial naquele ano.

Sobretudo os países emergentes como Brasil, Turquia e Rússia, irão sofrer com o aumento da taxa de juros dos Estados Unidos, com a fuga de investimentos estrangeiros. Com o aumento da taxa de juros dos Estados Unidos, os investidores estrangeiros irão preferir aplicar em títulos americanos, embora com taxas menores, mas com maior segurança possível. Esta tendência já vem acontecendo desde o mês de outubro último. 

A fuga de investimentos estrangeiros em títulos do Tesouro brasileiro em torno de US$ 200 bilhões (os números mudam diariamente a cada minuto), vai trazer consequência imediata ma economia brasileira. A primeira consequência é a alta do dólar no mercado interno. O termo usado para esta situação se denomina "fuga de capital externo". Outra consequência é a alta da taxa básica de juros Selic na próxima reunião do Copom do Banco Central, na tentativa de estancar a "fuga de capital externo".  

Devido ao volume de reserva cambial brasileira, US$ 369,4 bilhões, apesar da "fuga de capital externo", não haverá "crise cambial", mas certamente, hoje ou nos próximos meses, considerado a conjuntura econômica brasileira totalmente desfavorável, o dólar deve romper o teto imaginado pelo Banco Central de R$ 4. O Banco Central aturará com intervenções, mas não terá força para segurar o dólar no teto de R$ 4. Nos próximos meses, o dólar deve flutuar no intervalo de R$ 4 a R$ 4,50. Digamos que isto seria a "banda informal" para o Banco Central. 

Podemos afirmar, em consequência, de que o dólar perseguirá a meta de R$ 4,50.

Ossami Sakamori





Via: Ossami Sakamori BlogSpot.com

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