Onde vai parar o dólar? É a pergunta recorrente no mercado financeiro e no meio empresarial. A população já sentiu que a moeda brasileira caiu na "real" (realidade). Dólar barato era pura ilusão, fazia e faz parte do governo do PT de produzir a "sensação do poder de compra" da população. Mas, a casa caiu!
O relatório do Banco Central do ano de 2015, mostra que o Banco Central, fez gasto líquido de R$ 89,6 bilhões para tentar segurar o dólar. Refiro-me ao mecanismo denominado de "swap cambial tradicional". Este blog já alertava aos leitores sobre o mecanismo de intervenção no mercado de câmbio, que começou a ser utilizado em junho de 2013, para reduzir o impacto da economia em deterioração, já demonstrada há mais 2 anos e meio.
Nunca é demais explicar aos leitores, o que seja o título denominado "swap cambial tradicional". Apesar de título ser denominado título cambial, não é título em dólares. O "swap cambial tradicional" é um título de emissão do Banco Central com vencimento pré-fixado, normalmente de curto prazo (menos de 6 meses), cuja remuneração é baseado em variação cambial do período e liquidação em real no vencimento. Por isso, faço referência ao "swap cambial" como dólar "fake" (falso).
Este tipo de mecanismo, deveria ser utilizado em momentos de tensão ou crise cambial. Ele é um mecanismo legítimo. Nada contra a emissão de "swap cambial tradicional" para resolver problemas pontuais agudas no mercado de câmbio. Quando o mecanismo torna-se permanente, perde a eficácia da intervenção cambial. O que acontece com o "swap cambial tradicional" utilizado pelo Banco Central. O swap cambial virou "carne de vaca" e perdeu o sentido da utilização como mecanismo de intervenção.
O Banco Central pode utilizar-se da reserva cambial para fazer intervenções para normalizar situações atípicas de crise cambial. A reserva cambial no último dia 5, terça-feira, estava em US$ 368 bilhões. O estoque do swap cambial varia diariamente, mas estima-se em cerca de US$ 100 bilhões. Não entendo como o governo vem utilizando mecanismo de intervenção, se há reserva cambial, aplicado maior parte em títulos do Tesouro americano. Isto é erro da política monetária do Banco Central do Brasil.
A alternativa para "swap cambial tradicional" seria a venda pelo Banco Central do "dólar futuro" que é título com compromisso de entrega do dólar "spot" (à vista) no dia do vencimento. Mesmo assim, a emissão de título do "dólar futuro" não deve ser um instrumento de intervenção permanente. O Banco Central não tem função de "especulador financeiro". A função do Banco Central é defender a estabilidade da moeda local ou seja defender o real, deixando o câmbio flutuar livremente, como tese.
A cotação do dólar, ontem, com intervenção do Banco Central com o "swap cambial tradicional", fechou cotado a R$ 4,04. Se o Banco Central "soltar" o mecanismo de intervenção, o dólar deve flutuar livremente e alcançar o patamar de R$ 4,50 com maior facilidade. Sem intervenção do mercado de câmbio, utilizando-se apenas da reserva cambial, o dólar vai subir para patamar de R$ 5, que seria desvalorização de 25% em relação a cotação do início do ano. Não seria nada espetaculosa.
Dólar a R$ 5, está ainda longe de alcançar em valor real (descontado inflação) ao dólar do "efeito Lula" em 2002 que bateu R$ 3,99, corrigido para hoje seria R$ 9,28. Por aí, vocês podem verificar que o dólar a R$ 5 é uma previsão conservadora.
A notícia de hoje, de que a Bolsa da china, teve forte queda, novamente, a Bolsa brasileira sofrerá nova queda e o dólar deve disparar em direção a R$ 5, no curto prazo (3 meses).
Ainda tem gente que acha que torço pelo "quanto pior, melhor" ou que prego a "apocalipse". Nada disso. Os meus pés estão plantados no "chão", desde o início deste blog, em 2012. Infelizmente, as minhas previsões tem-se confirmado com 90% de acertos.
Ossami Sakamori
Hat Tip To: Ossami Sakamori BlogSpot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário