Um dos maiores equívoco da política econômica "neoliberal" dos últimos 21 anos é a "política de juros". Brasil se porta como um país de economia estável como Estados Unidos, Alemanha ou Japão. Brasil está longe de ter os indicadores comparável com aqueles países desenvolvidos. No entanto, os sucessivos governos "neoliberais", tanto PT como PSDB, praticam "fórmula clássica" recomendada pelo FMI e outros organismos de fomento ao desenvolvimento.
O Banco Central do Brasil tenta controlar a inflação apenas com a "política de juros", mesmo no ambiente de inflação de dois dígitos (acima de 10%). Isto é um tremendo equívoco! A taxa de juros praticados pelo Banco Central, Selic a 14,25%, por exemplo, embute o "juro real" próximo de 4% ao ano. O Brasil paga juros reais, segundo maior entre 40 maiores economias do mundo, atrás apenas da Turquia! O que serve para economia com inflação abaixo de 2% ao ano, não serve de base para economia com inflação acima de 10% ao ano, como o nosso caso.
No ambiente econômico com juros reais muito acima da inflação, não só não controla a inflação, mas "realimenta" a própria inflação. O fato é que o Brasil está precisando financiar a sua dívida pública com dinheiro dos especuladores nacionais e estrangeiros. Cerca de 20% da dívida pública bruta é financiada pelos especuladores estrangeiros. O motivo desta distorção é que o Banco Central do Brasil tenta evitar a fuga do capital especulativo estrangeiro, pagando juros "abusivos". Isto que é a realidade! O resto é conversa para boi dormir.
Uma boa "política de juros" aliada com a "política cambial" com "controle do expansão da base monetária", poderão induzir a economia a tomar o rumo do desenvolvimento sustentável do País. A "política de juros" e a "política cambial" deverão perseguir a meta de inflação e a meta de crescimento. O Banco Central tem todos os instrumentos para estabelecer a "calibragem" dos "juros" e do "câmbio" em níveis adequados.
A "dogma" de que o Banco Central deve ser "independente" do governo é uma "falsa tese" que é aceita pelos formuladores da política econômica dos sucessivos governos "neoliberais". Imagine se o FED praticasse política monetária na contra mão do Obama. Imagine se o Banco Central da Alemanha ousasse divergir da Angela Merkel. O primeiro ministro do Japão trocou o presidente do Banco Central porque este ousou não querer seguir a política econômica do governo Abe. Banco Central independente, não existe na prática.
No Brasil dos governos "neoliberais", o ministro da Fazenda vai para um lado e o presidente do Banco Central vai para outro lado. Cada um rema para direção diversa. Essa queda de braço entre o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central é visível até para leigo como este que escreve. O fato é que no Brasil, o presidente ou a presidente da República não dá diretriz para que ambos caminhem no mesmo sentido. Infelizmente, o Brasil é desprovido de presidentes competentes. Tomara que o próximo entenda pelo menos, a base da economia sustentável.
A consequência nefasta desta "política econômica" equivocada é a transferência de renda dos mais pobres para os mais ricos. Pelos indicadores econômicos atuais, 96% da população, cerca de 196 milhões, transferem cerca de R$ 200 bilhões para os "agiotas internacionais" e 4% ou 8 milhões da população brasileira. Nunca se viu tamanha transferência de renda dos mais pobres para mais ricos. Como referência, a transferência de renda via Bolsa Família é de R$ 28 bilhões.
A consequência nefasta desta "política econômica" equivocada é a transferência de renda dos mais pobres para os mais ricos. Pelos indicadores econômicos atuais, 96% da população, cerca de 196 milhões, transferem cerca de R$ 200 bilhões para os "agiotas internacionais" e 4% ou 8 milhões da população brasileira. Nunca se viu tamanha transferência de renda dos mais pobres para mais ricos. Como referência, a transferência de renda via Bolsa Família é de R$ 28 bilhões.
Não vou aqui estabelecer as metas de inflação e de crescimento do País, nem tão pouco colocar aqui, a política de juros e a política de câmbio, porque é tarefa da equipe econômica do presidente da República. O que vale é a tese defendida aqui na nova "matrix" econômica proposta por este editor. Se deixar que eu desenhe a política econômica, farei que o Brasil cresça 6% por ano, ao longo de décadas. E, prestarei o serviço gratuitamente, para qualquer governo, independente de viés partidário. O que interessa é o Brasil.
Em resumo, o Brasil é um país que tem todos ingredientes para elaborar um plano de desenvolvimento sustentável. É imprescindível, para que isto possa acontecer, que o País tenha um presidente probo e competente. Só isto, nada mais do que isto! Sem ladroagem e competência!
Ossami Sakamori
Original: Ossami Sakamori BlogSpot.com
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