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domingo, 24 de abril de 2016

Sou contra Meirelles como ministro da Fazenda!

Crédito da imagem: Veja

A revista Veja "on line" traz como destaque, no caderno de economia, o nome do banqueiro Henrique Meirelles como provável ministro de Fazenda do governo Temer. Ele esteve com o vice presidente Michel Temer, segundo a grande imprensa, conversando longamente com Temer sobre a conjuntura econômica do País. Meirelles está filiado ao PSD do Gilberto Kassab. Gilberto Kassab foi ministro do governo Dilma, até a véspera da votação do impeachment na Câmara dos Deputados.

Henrique Meirelles é considerado um bom executivo, foi dono do Bank of Boston até ser nomeado presidente do Banco Central pelo Lula da Silva. Até então, o Meirelles tinha sido eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás. Para assumir a presidência do Banco Central, Meirelles renunciou sua filiação no PSDB, partido de oposição ao governo Lula da Silva. Hoje, ele é filiado ao PSD. Foi cogitado como candidato ao governo de São Paulo pelo partido. 

Henrique Meirelles, logo após deixar a presidência do Banco Central, e após a quarentena que se impõe ao cargo de diretor do Banco Central, foi contratado pelo grupo JBS/ Fiboi dos Basistas, da mesma terra dele, o estado de Goiás. Henrique Meirelles estruturou o Banco Original do grupo JBS/ Fibroi. O Banco Original esteve recentemente envolvido em escândalo financeiro, o "troca de chumbo", com o Banco Rural, este último envolvido no processo "mensalão". Banco Original está se estruturando para ocupar posição de destaque no segmento bancário. 

Enquanto Henrique Meirelles foi presidente do Banco Central do governo Lula da Silva, o grupo JBS/ Friboi recebeu aporte financeiro subsidiado das instituições financeiras oficiais como BNDES, CEF e BB. O grupo JBS/ Fiboi, que Henrique Meirelles presta serviço como principal executivo, continuou a receber financiamento e aporte de capital do BNDES no governo Dilma. Hoje, o grupo JBS/ Friboi constituído de empresas no ramo de  Frigoríficos, Infraestrutura e Celulose, é individualmente o maior tomador de empréstimo subsidiado dos bancos oficiais.

Na gestão do Henrique Meirelles como presidente do Banco Central, o governo Lula da Silva, promoveu a ascensão da classe pobre à classe média, mediante a valorização do real ou dólar depreciado (dólar barato). Com o dólar barato, a população viveu alguns anos com a "sensação de bem estar" e a "sensação do poder de compra". Durante o período do Henrique Meirelles como presidente do Banco Central, a classe média começou a gastar nas viagens ao exterior. Foi na gestão do Henrique Meirelles que expandiu os "créditos consignados". A população lembra até hoje, do aparecimento de "classes emergentes". 

Foi na gestão do Henrique Meirelles como presidente do Banco Central é que o governo federal injetou R$ 460 bilhões no BNDES, para conceder empréstimos subsidiados aos empresários amigos do Palácio do Planalto. Foi na gestão do Henrique Meirelles que empresários estelionatários como Eike Batista da OGX e André Esteves do BTG expandiram os seus negócios. Entre as empresas beneficiadas encontram-se as empresas como Oi Telecomunicações e JBS/ Friboi. Coincidência ou não todas empresas foram largamente beneficiados pelo esquema de subsídios dos bancos oficiais, com lobby do Lula da Silva. 

Deixando de lado discussão sobre a competência do Henrique Meirelles ou não, na área financeira, o banqueiro goiano, se confirmado como ministro da Fazenda, macula a gestão Michel Temer. Henrique Meirelles está totalmente vinculado à gestão do Lula da Silva e da Dilma. Se Michel Temer quer distância do governo do PT, deve lembrar que o Meirelles é comprometido até a alma com os 13 anos e 4 meses do governo do PT.

Infelizmente, se confirmar a nomeação do Henrique Meirelles como ministro da Fazenda, serei o opositor número 1 do eventual futuro governo Temer. Fazer o que? 



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Sou contra Meirelles como ministro da Fazenda!

Ossami Sakamori













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