Pedro Parente foi nomeado pelo presidente Temer para comandar a Petrobras, a maior companhia do Brasil. Ele é um bom nome. Pedro Parente já demonstrou ser competente em todos os cargos que ele ocupou, sobretudo no governo FHC. No entanto, isto, pouco muda a situação econômica e financeira da Petrobras.
Aqueles que acompanham, há muitos anos, as matérias deste blog, o que vou afirmar aqui não é nenhuma novidade. Chamei atenção da corrupção que estava a ocorrer na Petrobras antes mesmo de deflagar a Operação Lava Jato sob o comando do juiz federal Sérgio Moro. Chamei atenção, também, sobre a tamanha incompetência das sucessivas administrações da Companhia, sobretudo nos últimos 13 anos.
Infelizmente, não será o nome do Pedro Parente é que vai mudar a crise econômica e financeira que vive a Petrobras. Não há milagre a fazer. A Petrobras está, literalmente, falida. A situação da Companhia, de estado falimentar, não muda apenas com a mudança do nome e da maneira de administrar.
Vou colocar aqui apenas dois pontos, entre tantos, que passam despercebido pelos analistas, articulistas econômicos e pela grande imprensa.
O primeiro ponto é mais do que grave, é irreversível. O ativo imobilizado da Petrobras ascende a R$ 700 bilhões. Isto é o ativo imobilizado, contabilizado. É o número que está no papel (contabilidade) e que está sendo aceito pelos auditores independentes que prestam serviços à Petrobras. Se a Petrobras vender, hipoteticamente, todos ativos imobilizados contabilizados, este número nunca o número será atingido. Somente o ativo da Refinaria Abreu e Lima e do Complexo Petroquímico de Rio de Janeiro somados deverão dar um rombo de R$ 100 bilhões. Some-se a este número os imobilizados esqueletos que estão no papel (contabilidade). Receio que o ativo imobilizado contabilizado por R$ 700 bilhões esteja aquém de R$ 500 bilhões. Digamos que o "rombo" é de R$ 200 bilhões.
O segundo problema à enfrentar são os poços de exploração do pré-sal. A Petrobras, considerado o preço internacional de petróleo além de US$ 50 o barril, produz para pagar. A Companhia, só não leva prejuízo porque o contribuinte paga o prejuízo potencial embutido no preço de combustível na bomba. O petróleo do pré-sal que era considerado pelo governo do Lula da Silva como solução para o País, está sendo ônus para a população.
Hoje, dia 20 de maio de 2016, se a Petrobras vender tudo que tem de ativos e pagar dívidas que tem, vai sobrar ainda de dívida para pagar. A isto se chama estado falimentar. Entenderam? Preciso desenhar?
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Desta forma, Pedro Parente pouco pode fazer à Petrobras apenas tornando-a eficiente. O buraco está mais para baixo!
Ossami Sakamori
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