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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Brasília urgente!


Em duas operações distintas, foram presos nesses últimos dois dias, os ex-governadores  do Anthony Garotinho, PR/RJ e Sérgio Cabral, PMDB/RJ. Os dois foram transferidos para o Complexo Penal Bangu 8, na cidade de Rio de Janeiro, ontem. Anthony Garotinho responde a um processo do TRE do Estado do Rio de Janeiro sobre compra de votos. Já o Sérgio Cabral responde a processos na Justiça Federal do Estado de Rio de Janeiro e do Estado do Paraná. Desde ontem, ambos receberam uniforme de habitantes do Complexo Penal, como qualquer outro preso, com nível superior. 


Para os ex-governadores que se achavam "acima da lei" e praticaram crimes de "compra de votos" e de "corrupção", mas levavam "vida de rei", devem-se achar injustiçados, como qualquer criminoso narcotraficante. Nada a comentar sobre a situação jurídica de cada um, mas o fato é que ambos cometeram crimes previstos na legislação brasileira, ao olho visto. Há controvérsia sobre o uso do recurso da "prisão preventiva", mas creio que os magistrados devem estar sabendo o que fazer. 

Felizmente, os bandidos arrombadores de cofres públicos estão indo para a cadeia aos olhos da população brasileira. As iniciativas, não mais está na jurisdição da Justiça Federal de Curitiba, mas está partindo de juízes federais de Brasília e de Rio de Janeiro, além de Curitiba. Volto a repetir, não entro no mérito das filigranas jurídicas, pois não sou operador de leis, mas as inciativas tem servido para "inibir" a continuidade da ladroagem aos cofres públicos, com certeza.

Ainda está por vir, a delação colaborativa do grupo Odebrecht, que lista mais de 150 nomes de políticos, com ou sem mandato, que receberam o dinheiro das "propinas" sob forma de "doações oficiais" ou sob forma de "caixa 2". Segundo a grande imprensa, a lista do grupo Odebrecht deverá ser conhecido ainda antes do final do ano.  

Ainda segundo a imprensa, a lista do grupo Odebecht contém o nome do próprio presidente Michel Temer, além dos ministros e ex-ministros de Estados, senadores e ex-senadores da República, membros e ex-membros da Câmara dos Deputados, governadores e ex-governadores. No entanto, os nomes mais aguardados são dos ex-presidentes Lula da Silva e da Dilma Rousseff. 

A lista do grupo Odebrecht virá como um "tsunami" no meio político. A lista será como "pá de cal" do enterro dos políticos que praticaram os ilícitos como os ex-governadores Anthony Garotinho e Sérgio Cabral. Há um "nervosismo" explícito no meio político. Muitos deles estão sentindo o efeito de bebida russa, efeito conhecido como "efeito Orloff". 

Ossami Sakamori

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