A nova postura do ministro da Fazenda Joaquim Levy, tentando levar mensagem de otimismo, ao dizer que a recessão já chegou no fundo do poço e que a economia do Brasil vai crescer já no próximo ano, é uma grande mentira, mas tem seu motivo. Amanhã, o governo apresentará o projeto de Orçamento da União para 2016. É claro, o Orçamento da União do ano que vem deverá estar equilibrado entre a receita e despesa, obedecendo a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Acontece que o Orçamento da União está com furo com o furo em cerca de R$ 120 bilhões. A recriação da CPMF tinha como objetivo cobrir pelo menos parte deste furo para evitar o déficit primário. Devido à reação negativa da população sobre a criação da nova contribuição, o governo Dilma desistiu de criar a nova CPMF. Como papel aceita tudo, a equipe econômica vai "maquiar" o Orçamento da União para 2016, com uma outra saída para evitar o déficit primário.
Não tem mágica para fazer. O governo, contrariando à expectativa dos empresários e do mercado financeiro, deve embutir no Orçamento da União, crescimento do PIB no próximo ano em cerca de 2%, com objetivo de cobrir o provável déficit primário. O pano de fundo do discurso otimista do ministro Joaquim Levy, de que o País crescerá já desde o início do ano de 2016, é exatamente, para justificar o crescimento do PIB próximo de 2% que será considerado no Orçamento da União, mesmo sabendo que isto não ocorrerá.
Não, não há razões que indique o crescimento do PIB já em 2016. Os grandes empresários estão enxugando a estrutura para enfrentar à menor demanda dos seus produtos. A demanda esfriou em função das demissões e do alto endividamento da população. Os setores do comércio e serviços que estavam puxando o crescimento da economia nos últimos 12 anos, está experimentando os faturamentos despencarem. Os setores de serviços, já experimentam queda de 40% na demanda. Este quadro não vai mudar, só porque o ministro da Fazenda disse que o ano de 2016 será de crescimento. O governo Dilma perdeu credibilidade do povo, demonstrado claramente pelas últimas pesquisas.
Curiosamente, o Estadão de hoje, traz reportagem sobre o ex-ministro e conselheiro da presidente Dilma Delfim Neto, que considerava a CPMF como líquido e certo como aprovado. Bem, a CPMF, já foi anunciado pelo Palácio do Planalto de que não mais será proposta. Pelo jeito, o ex-ministro Delfim Neto, foi o último a desembarcar do barco "furado" da Dilma. Com atraso de 3 anos, ele afirmou no jornal Estadão: "Com a valorização da moeda a partir de 2006 e 2007, houve uma separação muito grande entre a indústria e o PIB, com a demanda sendo suprida pela importação. Foi um problema de avaliação. O governo achava que faltava demanda, mas o que estava faltando era demanda para a indústria nacional".
Corretíssimo a avaliação do professor Delfim Neto. A opinião dele está na mesma linha do pensamento deste blog. A diferença entre este blog e o do Delfim Neto é que este blog vem criticando o governo Dilma, nos pontos apontados pelo professor, desde fevereiro de 2012. Creio que os articulistas econômicos deve chamar atenção dos equívocos da política econômica com antecedência. Não só, o professor Delfim Neto, mas a imprensa em geral e articulistas econômicos fazem o mesmo. Depois do acontecido, são senhores da razão. Em sua maioria os formadores de opinião só falam o que o cliente quer ouvir. Delfim Neto não foge à regra.
Joaquim Levy mente. Delfim Neto mente. Os articulistas econômicos "puxa sacos" do Planalto mentem. A imprensa em geral só são "ventrículos" da presidente Dilma, portanto, mentem. Eles manipulam e confundem a opinião pública.
Ossami Sakamori
Joaquim Levy mente. Delfim Neto mente. Os articulistas econômicos "puxa sacos" do Planalto mentem. A imprensa em geral só são "ventrículos" da presidente Dilma, portanto, mentem. Eles manipulam e confundem a opinião pública.
Ossami Sakamori
Source: Ossami Sakamori BlogSpot.com
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