O gráfico abaixo correu o mundo. É a última avaliação divulgada ontem pelo Instituto Data Folha sobre a avaliação do governo Dilma. O índice de reprovação do desemprenho da Dilma bateu o recorde histórico de 71% do ex-presidente Collor antes da votação do impeachment em 1992, no meio do escândalo de corrupção.
Os agentes econômicos, a imprensa, os articulistas econômicas, tem medo de vincular a escalada de aumento da taxa de juros básicos Selic com o desempenho do governo Dilma. Insistem a equipe econômica e os principais articulistas de que o aumento de taxa de juros básicos Selic é remédio para inflação. Ledo engano. A taxa Selic funciona como controle da inflação aos países com economia estável como Estados Unidos, Alemanha e Japão, mas no Brasil, a taxa Selic tem funcionado como o termômetro da economia. Quanto mais alta taxa, o quadro da economia está a requerer atenção.
O reflexo da credibilidade do governo no mercando financeiro internacional é sentido diretamente na cotação do dólar. Em tese, o dólar é flutuante no Brasil, isto é, depende do movimento de entrada e saída do dólar do País dos investidores estrangeiros de investimento direto (IED) e de especuladores financeiros internacionais. Investimento estrangeiro direto é aquele que os investidores trazem para montar fábricas ou compra de ativos reais. Os investimentos especulativos são os que internam o dólar no País para aplicar na Bolsa de Valores ou em títulos do governo, sobretudo.
Os especuladores internacionais vem atrás da taxa de juros reais que o Tesouro Nacional paga. Com taxa de juros Selic à altura de 14,25%, a taxa de juros reais é de 5% ao ano. Sobretudo o movimento deste tipo de investimentos é que mexe com cotação diária do dólar.
A primeira semana de agosto, o efeito da "pauta bomba" já fez sentir no governo. A Câmara dos Deputados, o lado do Cunha, impôs derrotas para o governo Dilma, com margem folgada nas votações. Curiosamente, a última votação importante ocorreu com 444 votos a favor. O mínimo de votos necessários para a votação do impeachment da Dilma será de 443 votos, maioria absoluta na Câmara dos Deputados e 54 votos do Senado Federal.
A Dilma e PT, em desespero, tentam costurar o acordo de governabilidade, com provável mudança de nomes nos ministérios e um pacto de governabilidade com o presidente do Senado Federal Renan Calheiros. Minha aposta é que o senador Renan Calheiros não vai ceder ao encanto da Dilma e ficará do lado da "pressão" popular. Neste primeiro round da disputa: lado da Dilma contra o lado do Cunha, venceu o lado do Cunha.
O apoiamento ao "pacto da governabilidade" feito pelas federações de indústrias FIRJAN e FIESP, visa tão somente um "apelo" para que a Dilma crie condições de investimentos no País, mantendo condição de governabilidade para manterem a indústria brasileira em funcionamento. O setor industrial, ao contrário do setor bancário, vem pagando pesadamente as contas do ajustes da economia.
Da operação Lava Jato, deverá vir outras notícias que só vai desgastar ainda mais a Dilma. As investigações da Lava Jato estão chegando cada vez mais perto do Palácio do Planalto. Com tantas notícias ruins, não há condições para estabelecer o "pacto de governabilidade" pretendido pela Dilma. Pelo contrário, poderá vir notícias de abandono da base aliada de outros partidos, além do PDT e PTB, que se posicionaram contra o governo Dilma, nesta semana.
A saída da Dilma é inexorável, não importa de que forma !
Nota:
Este blog vem combatendo o governo Dilma desde 15 de fevereiro de 2012, quanto a presidente gozava de 77% de aprovação. Não somos oportunistas.
Ossami Sakamori
Origin: Ossami Sakamori BlogSpot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário