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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Bradesco assume o HSBC.


Bradesco anunciou a compra da filial brasileira do HSBC por US$ 5,5 bilhões. O banco brasileiro compro toda a operação do HSBC no País, incluindo os negócios de varejo e atacado. Com a aquisição e incorporação o Bradesco alcança a cifra de R$ 1,193 trilhão em ativos e se aproxima do maior concorrente, o Banco Itaú da família Setúbal e Moreira Sales.

Causou-me certo desconforto, o fato de ter noticiado em primeira mão a negociação do HSBC pelo Bradesco, já em 25 de abril último. A operação da venda poderia não ter sido concretizado por motivos outros que a fonte não informou a este blog. Para avaliação de vocês, reproduzo na íntegra a matéria que foi postada em 25 de abril último, sob o título de "Bradesco assumirá HSBC". Segue a matéria:

Bradesco assumirá HSBC

Está tudo acertado que o Bradesco vai assumir o controle do HSBC Brasil. Já tem aval do governo para que isto aconteça. A gestão da negociação não foi divulgado ao mercado financeiro, ainda, nem a informação do tempo que vai levar para o Banco Central autorizar a operação de compra do segundo maior banco estrangeiro no País, pelo Banco brasileiro. 
O HSBC global está vendendo ativos que não estão dando rentabilidade, no mundo todo, no caso especifico o HSBC Brasil. O HSBC Brasil teve prejuízo de cerca de R$ 247 milhões no ano de 2014, número que deve ter influído na decisão da venda. A venda acontece no meio de escândalo de contas secretas de clientes no HSBC Suíça, revelado pelo jornal francês Le Monde. 


Lembrando que o HSBC Brasil nasceu da aquisição da parte boa do Banco Bamerindus do paranaense José Eduardo Vieira, que era conhecido como Zé do Chapéu, falecido no final do ano passado. A parte podre do Banco Bamerindus foi liquidado pelo Banco Central causando prejuízo ao próprio José Eduardo Vieira e aos acionistas minoritários. Isto aconteceu no governo FHC dentro do programa de socorro aos bancos, o Proer. Há muita polêmica na liquidação do Banco Bamerindus, por ter José Eduardo Vieira ter financiado a campanha presidencial do FHC.


O presidente do Conselho de Administração do Bradesco Luiz Carlos Trabuco Capri é homem influente no governo Dilma Rousseff. Ele foi cogitado pela Dilma para ocupar o Ministério da Fazenda, cargo que recusou ocupar indicando para o posto o Joaquim Levy.


Joaquim Levy, até ocupar o posto de ministro da Fazenda da Dilma, ocupava uma vaga na Diretoria do Bradesco. Esperamos que o Joaquim Levy, sempre decida em nome do Brasil e não em nome do Bradesco.

Bradesco contribuiu com a indicação do Secretário Geral do Ministério da Fazenda, o segundo posto mais importante do Ministério da Fazenda. Tarcísio José Mascote de Godoy ocupava uma das diretoria do Bradesco, antes de ser nomeado para o posto.


Bradesco indicou para presidência da Petrobras, o presidente executivo da Vale S.A. O presidente da Vale Murilo Ferreira é indicação do Bradesco para ocupar o cargo mais importante da Companhia. Esta é uma indicação tão importante quanto a indicação do ministro de Fazenda no governo Dilma. 


Como podem ver, o Bradesco tem larga influência no governo Dilma, sobretudo na área econômica. Causa impressão a mim que o Bradesco manda no Brasil.  Bradesco/Brasil é uma simbiose que, por enquanto, está funcionando. Porém, este tipo de simbiose, poderá não ser salutar para o futuro do País. É um caso a pensar, antes que aconteça outros escândalos. 

Nota do editor. 

Após 3 meses, os comentários da matéria continuam valendo para a realidade de hoje. A promiscuidade continua. Os jornais de hoje publicam a notícia de que o Bradesco teria feito reestruturação de uma das inúmeras dívidas da Petrobras, ficando a estatal devedora de R$ 10 bilhões para o Banco. A operação envolveu os ativos da COMPERJ, um dos palcos da Operação Lava Jato.


 COMPERJ
A operação foi lastreados com recursos da caderneta de poupança e contou com o "incentivo fiscal". 

Ossami Sakamori














@SakaSakamori




Original: Ossami Sakamori BlogSpot.com

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