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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Dilma tira dos pobres e dá para os banqueiros!


Enquanto o setor produtivo, indústria, comércio e serviço, estão em acelerada retração, o setor bancário está em franco crescimento. Juntos, os bancos Itaú, Bradesco e Santander apresentaram lucro líquido de R$ 12,1 bilhões no segundo trimestre do ano, 17,7% maior que o resultado do ano passado que foi de R$ 10,3 bilhões.

Este é o resultado da política econômica da Dilma para este segundo mandato, o setor produtivo encolhendo e o setor bancário expandindo. Para mim, não há nenhuma surpresa nos resultados dos três maiores bancos privados do País. Isto tem explicação. A expansão do setor bancário está explícito na política econômica do governo Dilma. 

Venho criticando o equívoco da política econômica, do Joaquim Levy Bradesco, que joga todo o ônus do ajuste fiscal e combate à inflação (sob órbita do Levy), desde o primeiro dia do segundo mandato da Dilma. A equipe econômica da Dilma vem fazendo ajustes na economia para corrigir as distorções das medidas "anti-cíclicas" (sic) do governo PT, dito pela Dilma, sobretudo pós crise financeira mundial de 2008.

Além do equívoco do engessamento das tarifas administradas pelo governo, como energia elétrica e combustíveis, a equipe econômica da Dilma do primeiro mandato e agora, do segundo mandato, vem utilizando os juros da taxa básica de juros Selic e o controle sobre o câmbio como principais instrumentos de combate à inflação.

A fórmula clássica de combate à inflação através do mecanismo de taxa de juros básicos é dogma do FMI - Fundo Monetário Internacional. A fórmula funciona para economias estáveis como dos Estados Unidos, Alemanha e Japão, mas não é adequado para países emergentes, com economia desorganizada, como o Brasil. É mais ou menos como andar de Mercedes Benz na terra de chão batido, onde recomendável seria andar de carroças. 

Inflação se combate com contração da base monetária, base da macro-economia, que parece a equipe econômica não ter aprendido corretamente nas melhores Universidades dos Estados Unidos, onde se diz ter aprendido. A Dilma entregou a condução da política econômica para um cria do Bradesco. É mais ou menos como deixar o lobo cuidar do galinheiro. Levy como um bom bancário vem cumprindo sua tarefa de engordar o bolso dos banqueiros.

Na minha visão, quando se quer combater a inflação, deve sim, contrair a base monetária, mas não através do aumento da taxa básica de juros Selic. A contração da base monetária passa necessariamente pelo aumento do "depósito compulsório" dos bancos. A solução adotada pelo Levy é adequado para os países que a inflação está sob controle, nunca acima de 2% ao ano. No entanto, a equipe econômica insiste em combater a inflação via elevação da taxa básica de juros. A taxa básica de juros nos níveis praticados pelo Banco Central, 14,25% ao ano, pelo contrário do objetivo pretendido, provoca retro-alimentação da inflação.

A medida defendida aqui, que seria combate à inflação via aumento de depósitos compulsórios, não retro-alimenta a inflação, mas diminui drasticamente os lucros do setor bancário. Para o setor bancário, menos dinheiro para emprestar, menos lucros. Esta é a lógica que não precisa ser economista com largo conhecimento para entender. A política econômica recomendada por este blog, coerente com tudo que foi escrito neste blog, não faz parte da política econômica dos banqueiros. 



Vamos direto no ponto. Dilma paga 5% de juros reais para os banqueiros. O ajustes fiscais propostos pela Dilma, poderia ser dispensados se não houvesse estas transferências descaradas de rendas para as poucas famílias de banqueiros. 

Dilma pratica Robin Hood ao inverso, tira dos pobres para dar aos já ricos banqueiros!

Felizmente, parece que a festa está à terminar!

Ossami Sakamori





Credit: Ossami Sakamori BlogSpot.com

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